Substituto de Mugabe, Mnangagwa anuncia começo de nova democracia no Zimbabué
Harare, 22 nov (EFE).- O ex-vice-presidente do Zimbábue Emmerson Mnangagwa, novo presidente temporário do país após a renúncia de Robert Mugabe, afirmou nesta quarta-feira aos seus simpatizantes que eles serão testemunhas de um começo de uma nova democracia.
Em seu primeiro discurso após ser escolhido para o cargo pelo partido governante, a União Nacional Africana do Zimbábue (ZANU-PF), Mnangagwa agradeceu pela disciplina e o pacifismo mostrados nos últimos dias pelos cidadãos do país, a quem prometeu crescimento econômico, paz e trabalho.
"Com a cooperação e o apoio de nossos amigos na região, na África e fora do continente, conseguiremos fazer nossa economia crescer", afirmou o novo presidente, citando a grave crise que vive o país, que perdeu até sua própria moeda após a hiperinflação de 2008.
Mnangagwa tomará posse na sexta-feira às 10h locais (6h em Brasília. Apesar de ainda não ter assumido oficialmente o cargo, ele já conversou com alguns líderes mundiais, entre eles o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, que elogiaram a atitude dos cidadãos do Zimbábue durante o processo que culminou na renúncia de Mugabe.
"As tentativas para fazer o processo descarrilar foram intensas, mas não prosperaram porque a vontade do povo sempre se impõe", disse o ex-vice-presidente no discurso.
O veterano político, de 75 anos, agradeceu também ao Exército pela "forma pacífica" que conduziu o processo até a renúncia definitiva de Mugabe. Além disso, ele afirmou que manteve "contato constante" com os comandantes das Forças Armadas.
No breve discurso, Mnangagwa disse que teve informações sobre planos para assassiná-lo apenas duas horas depois de ele ser afastado da vice-presidência do país, em 6 de novembro.
A renúncia de Mnangagwa foi forçada pela facção do ZANU-PF comandada pela então primeira-dama, Grace Mugabe, que visava se tornar a sucessora do marido no poder.
"Disse a mim mesmo que não deveria esperar que me eliminassem, mas que tinha que sair às ruas com o povo do Zimbábue e da ZANU-PF para fazer ouvir nossas vozes", ressaltou.
Segundo Mnangagwa, o grupo da ex-primeira-dama "sequestrou o governo através do nosso presidente".
"As ordens não vinham do governo, mas de gente que estava fora dele", afirmou o presidente provisório, que chegou ao país de avião depois de se exilar na África do Sul.
Mugabe, de 93 anos, renunciou ontem após permanecer 37 anos no poder.
Em seu primeiro discurso após ser escolhido para o cargo pelo partido governante, a União Nacional Africana do Zimbábue (ZANU-PF), Mnangagwa agradeceu pela disciplina e o pacifismo mostrados nos últimos dias pelos cidadãos do país, a quem prometeu crescimento econômico, paz e trabalho.
"Com a cooperação e o apoio de nossos amigos na região, na África e fora do continente, conseguiremos fazer nossa economia crescer", afirmou o novo presidente, citando a grave crise que vive o país, que perdeu até sua própria moeda após a hiperinflação de 2008.
Mnangagwa tomará posse na sexta-feira às 10h locais (6h em Brasília. Apesar de ainda não ter assumido oficialmente o cargo, ele já conversou com alguns líderes mundiais, entre eles o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, que elogiaram a atitude dos cidadãos do Zimbábue durante o processo que culminou na renúncia de Mugabe.
"As tentativas para fazer o processo descarrilar foram intensas, mas não prosperaram porque a vontade do povo sempre se impõe", disse o ex-vice-presidente no discurso.
O veterano político, de 75 anos, agradeceu também ao Exército pela "forma pacífica" que conduziu o processo até a renúncia definitiva de Mugabe. Além disso, ele afirmou que manteve "contato constante" com os comandantes das Forças Armadas.
No breve discurso, Mnangagwa disse que teve informações sobre planos para assassiná-lo apenas duas horas depois de ele ser afastado da vice-presidência do país, em 6 de novembro.
A renúncia de Mnangagwa foi forçada pela facção do ZANU-PF comandada pela então primeira-dama, Grace Mugabe, que visava se tornar a sucessora do marido no poder.
"Disse a mim mesmo que não deveria esperar que me eliminassem, mas que tinha que sair às ruas com o povo do Zimbábue e da ZANU-PF para fazer ouvir nossas vozes", ressaltou.
Segundo Mnangagwa, o grupo da ex-primeira-dama "sequestrou o governo através do nosso presidente".
"As ordens não vinham do governo, mas de gente que estava fora dele", afirmou o presidente provisório, que chegou ao país de avião depois de se exilar na África do Sul.
Mugabe, de 93 anos, renunciou ontem após permanecer 37 anos no poder.