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Macron e Merkel consideram violações do cessar-fogo na Ucrânia inaceitáveis

23/12/2017 10h32

Paris, 23 dez (EFE).- O presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, tacharam neste sábado de "inaceitáveis" as crescentes violações do cessar-fogo no leste da Ucrânia e pediram que as partes em conflito assumam "as suas responsabilidades".

Os dois políticos destacaram em comunicado divulgado pelo Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa, que a solução para a disputa que começou em 2014 na região entre o Exército ucraniano e milícias separatistas pro-Rússia pelo controle do território só pode ser "pacífica".

Macron e Merkel reafirmaram apoio "ao pleno respeito à soberania e à integridade territorial da Ucrânia" e o compromisso com a aplicação completa dos Protocolo de Minsk, assinados em fevereiro de 2015 pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko. Para eles, o cumprimento do compromisso é importante "para aliviar o sofrimento das populações mais afetadas pela situação atual".

Os dirigentes parabenizaram o acordo alcançado durante a reunião do Grupo de Contato Trilateral sobre a Ucrânia, formado por representantes da Rússia, da Ucrânia e da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), para libertar 380 prisioneiros de ambas partes.

"Isso deve ser cumprido sem demora. Seria um grande avanço na aplicação dos Protocolo de Minsk", apontaram na nota, na qual também incentivaram os envolvidos a facilitar a troca dos demais detidos.

No texto, eles ainda apelaram ao retorno dos oficiais russos ao centro conjunto para o controle do cessar-fogo no leste da Ucrânia, cuja retirada foi anunciada pela Rússia no último dia 18.

A necessidade de tirar as armas pesadas das zonas de conflito, respeitar "plenamente" o mandato da missão especial de observação do OSCE e proteger as infraestruturas civis, assim como implementar outras medidas de ordem política do pacto, como as eleições locais, foram outras das reivindicações feitas.

A nota destacou que tanto o chefe de Estado quanto a chanceler irão acompanhar a situação e a maneira com que as partes cumprem os acordos.