Em mensagem de Natal, papa lembra sofrimento de crianças em mundo em guerra
Cristina Cabrejas.
Cidade do Vaticano, 25 dez (EFE).- O papa Francisco lembrou nesta segunda-feira, na tradicional mensagem de Natal, o sofrimento das crianças em que vivem em um mundo com os "ventos de guerra" e pediu mais dignidade para as minorias.
"Hoje, enquanto sopram no mundo ventos de guerra e um modelo de progresso já ultrapassado continua a produzir degradação humana, social e ambiental, o Natal nos lembra o sinal do Menino, nos convidando a reconhecê-lo no rosto das crianças, especialmente daquelas para as quais, como aconteceu a Jesus, 'não há lugar na hospedaria'", disse o pontífice, logo no início da cerimônia feita da sacada central da Basílica de São Pedro, no Vaticano.
O papa citou vários lugares do planeta onde meninas e meninos sofrem, como no Oriente Médio, onde "continuam a sofrer pelo agravamento das tensões entre israelenses e palestinos".
"Neste dia de festa, imploramos ao Senhor a paz para Jerusalém e para toda a Terra Santa; rezemos para que entre as partes envolvidas prevaleça a vontade de retomar o diálogo e se possa finalmente alcançar uma solução negociada que permita a coexistência pacífica de dois Estados dentro de fronteiras mutuamente concordadas e internacionalmente reconhecidas", defendeu Francisco.
Ele também lembrou o "rosto das crianças sírias, ainda feridas pela guerra que ensanguentou o país nos últimos anos" e pediu respeito a todos, independentemente da etnia ou religião que tenham.
Desde o início do pontificado, o papa dedica a mensagem de Natal a conscientização sobre doenças que afligem o mundo num dia especialmente importante para os católicos.
Assim, ele continuou falando das crianças do Iraque, vítimas das "hostilidades que as afetaram nos últimos 15 anos", e dos menores do Iêmen, "onde perdura um conflito em grande parte esquecido, mas com profundas implicações humanitárias para a população que padece de fome e com a propagação de doenças".
"Vemos Jesus nas crianças da África, sobretudo nas que sofrem no Sudão do Sul, na Somália, no Burundi, na República Democrática do Congo, na República Centro-Africana e na Nigéria. Vemos Jesus nas crianças de todo o mundo, onde a paz e a segurança se encontram ameaçadas pelo perigo de tensões e novos conflitos", acrescentou.
O papa também pediu diálogo na Venezuela, solicitou a resolução rápida do conflito na Ucrânia, destacou a crise vivida por Mianmar e Bangladesh e fez um apelo para que as graves questões humanitárias sejam resolvidas.
"Espero que a comunidade internacional não pare de trabalhar para que seja adequadamente tutelada a dignidade das minorias presentes na região. Jesus conhece bem a tribulação de não ser acolhido e a dificuldade de não ter um lugar para poder reclinar a cabeça", disse ele sobre as minorias que vivem em Mianmar, onde esteve recentemente e denunciou a perseguição dos rohingyas.
Francisco não esqueceu das crianças cujos "pais não têm emprego e daquelas que tiveram a infância roubada, obrigadas a trabalhar desde pequena ou alistadas como soldados por mercenários sem escrúpulos". Por fim, pediu esforços para "tornar o nosso mundo mais humano e mais digno das crianças de hoje e de amanhã".
Depois, Francisco deu a bênção "Urbi et Orbi" (à cidade - de Roma - e ao mundo) e pediu um Natal que "renove os corações, suscite o desejo de construir um futuro mais fraterno e solidário, e conceda alegria e esperança a todos".
Cidade do Vaticano, 25 dez (EFE).- O papa Francisco lembrou nesta segunda-feira, na tradicional mensagem de Natal, o sofrimento das crianças em que vivem em um mundo com os "ventos de guerra" e pediu mais dignidade para as minorias.
"Hoje, enquanto sopram no mundo ventos de guerra e um modelo de progresso já ultrapassado continua a produzir degradação humana, social e ambiental, o Natal nos lembra o sinal do Menino, nos convidando a reconhecê-lo no rosto das crianças, especialmente daquelas para as quais, como aconteceu a Jesus, 'não há lugar na hospedaria'", disse o pontífice, logo no início da cerimônia feita da sacada central da Basílica de São Pedro, no Vaticano.
O papa citou vários lugares do planeta onde meninas e meninos sofrem, como no Oriente Médio, onde "continuam a sofrer pelo agravamento das tensões entre israelenses e palestinos".
"Neste dia de festa, imploramos ao Senhor a paz para Jerusalém e para toda a Terra Santa; rezemos para que entre as partes envolvidas prevaleça a vontade de retomar o diálogo e se possa finalmente alcançar uma solução negociada que permita a coexistência pacífica de dois Estados dentro de fronteiras mutuamente concordadas e internacionalmente reconhecidas", defendeu Francisco.
Ele também lembrou o "rosto das crianças sírias, ainda feridas pela guerra que ensanguentou o país nos últimos anos" e pediu respeito a todos, independentemente da etnia ou religião que tenham.
Desde o início do pontificado, o papa dedica a mensagem de Natal a conscientização sobre doenças que afligem o mundo num dia especialmente importante para os católicos.
Assim, ele continuou falando das crianças do Iraque, vítimas das "hostilidades que as afetaram nos últimos 15 anos", e dos menores do Iêmen, "onde perdura um conflito em grande parte esquecido, mas com profundas implicações humanitárias para a população que padece de fome e com a propagação de doenças".
"Vemos Jesus nas crianças da África, sobretudo nas que sofrem no Sudão do Sul, na Somália, no Burundi, na República Democrática do Congo, na República Centro-Africana e na Nigéria. Vemos Jesus nas crianças de todo o mundo, onde a paz e a segurança se encontram ameaçadas pelo perigo de tensões e novos conflitos", acrescentou.
O papa também pediu diálogo na Venezuela, solicitou a resolução rápida do conflito na Ucrânia, destacou a crise vivida por Mianmar e Bangladesh e fez um apelo para que as graves questões humanitárias sejam resolvidas.
"Espero que a comunidade internacional não pare de trabalhar para que seja adequadamente tutelada a dignidade das minorias presentes na região. Jesus conhece bem a tribulação de não ser acolhido e a dificuldade de não ter um lugar para poder reclinar a cabeça", disse ele sobre as minorias que vivem em Mianmar, onde esteve recentemente e denunciou a perseguição dos rohingyas.
Francisco não esqueceu das crianças cujos "pais não têm emprego e daquelas que tiveram a infância roubada, obrigadas a trabalhar desde pequena ou alistadas como soldados por mercenários sem escrúpulos". Por fim, pediu esforços para "tornar o nosso mundo mais humano e mais digno das crianças de hoje e de amanhã".
Depois, Francisco deu a bênção "Urbi et Orbi" (à cidade - de Roma - e ao mundo) e pediu um Natal que "renove os corações, suscite o desejo de construir um futuro mais fraterno e solidário, e conceda alegria e esperança a todos".
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