Ataque terrorista contra ONG Save the Children deixa 1 morto e 14 feridos no Afeganistão
Pelo menos um civil morreu e outras 14 pessoas ficaram feridas em um ataque suicida cometido nesta quarta-feira contra a sede da organização não-governamental Save the Children em Jalalabad, no leste do Afeganistão, onde continua a troca de tiros entre os insurgentes e as forças de segurança afegãs.
"Até o momento recebemos no hospital um corpo e tratamos 14 feridos do ataque", afirmou à Agência Efe Inamullah Myakhil, porta-voz do Diretório de Saúde Pública da província de Nangarhar, da qual Jalalabad é a capital.
O ataque começou por volta de 9h10 (horário local, 2h40 de Brasília), quando um suicida detonou um veículo cheio de explosivos na entrada do edifício e abriu passagem a um número ainda não confirmado de atiradores, disse à Efe o porta-voz da polícia de Nangarhar, Hazrat Hussain.
O porta-voz do governador de Nangarhar, Attaullah Khogyanai, explicou à Efe que o corpo do falecido foi encontrado no primeiro andar, de onde as forças de segurança já retiraram todos os insurgentes, assim como no segundo andar.
"A operação continua no terceiro andar, que é o último do edifício", concluiu Khogyanai.
Um membro do conselho provincial de Nangarhar, Zabihullah Zmarai, detalhou à Efe que, segundo a informação proporcionada do local do ataque, acredita-se que três insurgentes entraram no imóvel e que dentro dele ainda há vários funcionários da ONG.
A Save the Children condenou o ataque através de sua conta no Twitter, na qual a organização dedicada à ajuda à infância se mostrou "devastada" pelas notícias que chegavam de Nangarhar.
"Nossa principal preocupação é a segurança dos nossos empregados", frisou a Save the Children.
O ataque ainda não foi reivindicado e os talibãs se desvincularam do incidente através uma mensagem no Twitter de seu porta-voz, Zabihullah Mujahid, que disse que a ação "não tem nada a ver" com eles.
Os grupos insurgentes armados e organizações criminais têm habitualmente entre seus alvos as ONGs no Afeganistão, onde a situação de segurança se deteriorou de maneira considerável nos últimos dois anos.
Em outubro do ano passado, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR) anunciou a redução "drástica" das suas operações no país após vários ataques às suas instalações e a morte de sete dos seus funcionários em ataques armados em nove meses.
Nangarhar, província que faz fronteira com o Paquistão, é uma das áreas mais inseguras do Afeganistão.
Nela operam os talibãs e o Estado Islâmico (EI), que tem nesta região seu principal bastião no país asiático, e sua capital é habitual palco de ataques terroristas contra alvos civis.
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