Presidente da Indonésia exige tolerância após ataque de muçulmano em igreja
O presidente da Indonésia, Joko Widodo, condenou, nesta segunda-feira (12), o ataque de um homem muçulmano com arma branca numa igreja católica na província de Yogyakarta, na ilha de Java, e defendeu a tolerância religiosa no país com maior população muçulmana do mundo. "A nossa Constituição garante a liberdade de religião. Portanto, o povo que realiza ou propaga a intolerância não tem lugar no nosso país", disse Widodo para a imprensa após um discurso no ministério de Assuntos Exteriores.
O presidente indonésio acrescentou que, embora "quase todos os países sofrem estes atos", ordenou às forças da ordem atuar com decisão para garantir o cumprimento da constituição.
Dezenas de fiéis deixaram a igreja durante a missa de domingo na cidade de Sleman quando o agressor entrou no prédio brandindo uma espada de um metro de comprimento e perseguindo um homem que sangrava pela cabeça.
O agressor, de 22 anos, danificou várias imagens católicas e feriu quatro pessoas, incluído o pároco de origem alemã da congregação de Saint Lidwina e um policial, antes de ser rendido pelas autoridades, depois de um tiro na perna.
A família do agressor disse ao jornal local "Detik" que este indicou num telefonema antes do incidente que "queria se casar com um anjo", uma referência à recompensa no paraíso por realizar a jihad ou guerra santa.
Os feridos e o agressor foram levados a diferentes hospitais na região.
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