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Presidente da Indonésia exige tolerância após ataque de muçulmano em igreja

Imagem de Jesus foi atacada em igreja na Indonésia no último domingo (11) - Antara Foto/Andreas Fitri Atmoko/Reuters
Imagem de Jesus foi atacada em igreja na Indonésia no último domingo (11) Imagem: Antara Foto/Andreas Fitri Atmoko/Reuters

Em Jacarta (Indonésia)

12/02/2018 04h25

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, condenou, nesta segunda-feira (12), o ataque de um homem muçulmano com arma branca numa igreja católica na província de Yogyakarta, na ilha de Java, e defendeu a tolerância religiosa no país com maior população muçulmana do mundo. "A nossa Constituição garante a liberdade de religião. Portanto, o povo que realiza ou propaga a intolerância não tem lugar no nosso país", disse Widodo para a imprensa após um discurso no ministério de Assuntos Exteriores.

O presidente indonésio acrescentou que, embora "quase todos os países sofrem estes atos", ordenou às forças da ordem atuar com decisão para garantir o cumprimento da constituição.

Dezenas de fiéis deixaram a igreja durante a missa de domingo na cidade de Sleman quando o agressor entrou no prédio brandindo uma espada de um metro de comprimento e perseguindo um homem que sangrava pela cabeça.

O agressor, de 22 anos, danificou várias imagens católicas e feriu quatro pessoas, incluído o pároco de origem alemã da congregação de Saint Lidwina e um policial, antes de ser rendido pelas autoridades, depois de um tiro na perna.

A família do agressor disse ao jornal local "Detik" que este indicou num telefonema antes do incidente que "queria se casar com um anjo", uma referência à recompensa no paraíso por realizar a jihad ou guerra santa.

Os feridos e o agressor foram levados a diferentes hospitais na região.

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, durante coletiva de imprensa no Afeganistão - 29.jan.2018 - Massoud Hossaini/Pool/Reuters - 29.jan.2018 - Massoud Hossaini/Pool/Reuters
O presidente da Indonésia, Joko Widodo, criticou o ataque na igreja
Imagem: 29.jan.2018 - Massoud Hossaini/Pool/Reuters