Topo

Trump critica FBI por investigar influência russa ao invés de prevenir tiroteio

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e seu colega norte-americano, Donald Trump - Evan Vucci/AP
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e seu colega norte-americano, Donald Trump Imagem: Evan Vucci/AP

Em Washington (EUA)

18/02/2018 11h53

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (18) que "nunca" disse "que a Rússia não interferiu nas eleições" de 2016, mas também disparou contra o FBI, polícia federal norte-americana, e sugeriu que a entidade não foi capaz de prevenir o tiroteio de quarta-feira (14) na Flórida porque passa "demais tempo" focada na trama russa.

"Muito triste que o FBI tenha perdido os muitos sinais enviados pelo autor do tiroteio na escola da Flórida, isto não é aceitável", escreveu Trump em um tweet no domingo.

"Passam demais tempo tentando provas de que houve conspiração russa na campanha de Trump, e não houve conspiração. Voltem ao seu trabalho essencial e nos deixem orgulhosos!", acrescentou.

No último dia 16, o FBI reconheceu que cometeu um erro ao não ter seguido os protocolos oportunos, quando em 5 de janeiro foi alertado sobre o comportamento agressivo de Nikolas Cruz, o jovem que matou 17 pessoas em tiroteio na última quarta, em uma escola de Parkland, na Flórida.

Por razões desconhecidas, o FBI não seguiu os protocolos oportunos nestes casos e não investigou a chamada de aviso que recebeu sobre a possibilidade de Cruz realizar um ataque.

Trump disparou em muitas ocasiões contra o Departamento de Justiça e o FBI pela investigação da trama russa, que ele considera uma "caça às bruxas", e sua relação com o diretor dessa agência de investigação, Christopher  Wray, tornou-se tensa nas últimas semanas.

No entanto, o presidente não chegou a respaldar em seu tweet, a pedido do governador da Flórida, Rick  Scott, que Wray renuncie devido aos seus erros neste ataque.

Em outro tweet, Trump respondeu ao assessor de segurança nacional, H. R. McMaster, que no sábado (17) qualificou de "irrefutáveis" as provas de ingerência russa depois que o procurador-especial que investiga o tema, Robert Mueller, apresentou na sexta-feira (16) acusações contra 13 russos relacionados com a trama.

"Ao general McMaster esqueceram de dizer que os resultados da eleição de 2016 não foram afetados nem mudados pelos russos e que a única conspiração foi entre a Rússia e a corrupta H (Hillary Clinton)" e os democratas, alegou Trump.

Porém hoje, Trump quis esclarecer que "nunca" disse "que a Rússia não interferiu nas eleições" de 2016.

"Se o objetivo da Rússia era criar discórdia, desestabilização e caos dentro dos Estados Unidos, então, triunfaram mais do que em seus melhores sonhos!", acrescentou.