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Papa diz que situação em Ghouta é "desumana" e pede fim dos ataques

25/02/2018 10h19

Cidade do Vaticano, 25 fev (EFE).- O papa Francisco qualificou neste domingo de "desumana" a situação em Ghouta Oriental, reduto opositor nos arredores de Damasco, e fez um apelo para que a violência acabe na região.

"Nestes dias o meu pensamento está dirigido frequentemente para a amada e martirizada Síria, onde a guerra se intensificou, especialmente em Ghouta Oriental", afirmou o pontífice aos fiéis que o escutavam após a celebração do Angelus na Praça de São Pedro.

Francisco lembrou que "este mês de fevereiro foi um dos mais violentos em sete anos de conflito, com centenas, milhares de vítimas civis, crianças, mulheres, idosos" e denunciou que "foram atacados hospitais, o povo não tem nada para comer".

"Tudo isso é desumano. Não se pode combater o mal com outro mal, e a guerra é um mal. Por isso, dirijo minha dolorosa chamada para que termine imediatamente a violência, se permita o acesso de ajudas humanitárias - comida e remédios - e que os feridos e doentes possam ser evacuados".

Em seguida, o papa pediu aos fiéis que rezem para que isso aconteça "imediatamente".

Guta Oriental foi palco na última semana de uma escalada de ataques por parte de forças do regime de Bashar al Assad e da aviação síria e russa, o que provocou a morte pelo menos 510 pessoas, entre elas 127 menores de idade, segundo os dados do Observatório sírio de Direitos Humanos.