CICV diz que "é impossível" distribuir ajuda em trégua de 5 horas em Ghouta
Beirute, 27 fev (EFE).- O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) advertiu nesta terça-feira que é "impossível" levar "em cinco horas" um comboio de ajuda humanitária a Ghouta Oriental, o principal reduto dos rebeldes nos arredores de Damasco, a capital da Síria, que está sitiado pelas tropas do regime de Bashar al Assad.
"Temos uma longa experiência trazendo ajuda através das frentes de guerra na Síria e sabemos que pode levar um dia inteiro para simplesmente passar pelos postos de controle, mesmo com a existência de acordos prévios com todas as partes", declarou em comunicado o responsável regional do CICV para o Oriente Médio, Robert Mardini.
Hoje começou o primeiro dia da pausa humanitária apoiada pela Rússia em Ghouta Oriental, onde o cessar-fogo foi mantido entre 9h e 14h locais (entre 4h e 9h em Brasília) e onde está previsto que haja tréguas similares diariamente.
Mardini lembrou que, assim que ultrapassam os postos de controle, os comboios têm que descarregar a ajuda.
"No passado, tivemos que passar a noite em determinadas localizações, apesar dos riscos de segurança para nós, já que não havia outra maneira de levar assistência aos que necessitam", contou o responsável regional do CICV.
Em relação à iniciativa de abrir corredores humanitários em Ghouta Oriental, da qual o CICV assegurou que não tomou parte, Mardini afirmou que estas medidas devem estar "bem planejadas e aplicadas com o consentimento de todas as partes".
"Essa é a única maneira na qual as pessoas podem sair de forma segura", disse Mardini.
A televisão oficial síria anunciou hoje que as autoridades tinham habilitado um corredor na região de Al Wafidin para facilitar a saída dos civis que desejassem deixar Ghouta Oriental, mas indicou que nenhum cidadão o utilizou devido aos disparos de foguetes.
Mardini considerou que devem ser tomadas todas as medidas para permitir "o movimento livre" dos civis que decidam deixar a região por vontade própria e que deve ser proporcionado assistência e refúgio aos mesmos.
"Aqueles que permanecerem devem ser protegidos de qualquer ataque", ressaltou o responsável do CICV, para quem é "essencial" que se permita imediatamente a entrada de provisões humanitárias para salvar vidas.
Nesse sentido, afirmou que, "nesta etapa crítica, qualquer iniciativa que dê um respiro para os civis das hostilidades incessantes é algo positivo".
"O CICV, junto com o Crescente Vermelho Árabe Sírio, está preparado para entrar na área e distribuir a tão necessitada ajuda humanitária ao povo afetado pelas hostilidades", assegurou Mardini.
O responsável do CICV também insistiu no fato de que a principal necessidade das pessoas de Ghouta Oriental é o acesso a remédios e à assistência de saúde.
"Muita gente em Ghouta Oriental, tanto os doentes como os feridos, poderiam ter se submetido aos tratamentos necessários se os remédios tivessem sido distribuídos de forma habitual", destacou Mardini.
"Temos uma longa experiência trazendo ajuda através das frentes de guerra na Síria e sabemos que pode levar um dia inteiro para simplesmente passar pelos postos de controle, mesmo com a existência de acordos prévios com todas as partes", declarou em comunicado o responsável regional do CICV para o Oriente Médio, Robert Mardini.
Hoje começou o primeiro dia da pausa humanitária apoiada pela Rússia em Ghouta Oriental, onde o cessar-fogo foi mantido entre 9h e 14h locais (entre 4h e 9h em Brasília) e onde está previsto que haja tréguas similares diariamente.
Mardini lembrou que, assim que ultrapassam os postos de controle, os comboios têm que descarregar a ajuda.
"No passado, tivemos que passar a noite em determinadas localizações, apesar dos riscos de segurança para nós, já que não havia outra maneira de levar assistência aos que necessitam", contou o responsável regional do CICV.
Em relação à iniciativa de abrir corredores humanitários em Ghouta Oriental, da qual o CICV assegurou que não tomou parte, Mardini afirmou que estas medidas devem estar "bem planejadas e aplicadas com o consentimento de todas as partes".
"Essa é a única maneira na qual as pessoas podem sair de forma segura", disse Mardini.
A televisão oficial síria anunciou hoje que as autoridades tinham habilitado um corredor na região de Al Wafidin para facilitar a saída dos civis que desejassem deixar Ghouta Oriental, mas indicou que nenhum cidadão o utilizou devido aos disparos de foguetes.
Mardini considerou que devem ser tomadas todas as medidas para permitir "o movimento livre" dos civis que decidam deixar a região por vontade própria e que deve ser proporcionado assistência e refúgio aos mesmos.
"Aqueles que permanecerem devem ser protegidos de qualquer ataque", ressaltou o responsável do CICV, para quem é "essencial" que se permita imediatamente a entrada de provisões humanitárias para salvar vidas.
Nesse sentido, afirmou que, "nesta etapa crítica, qualquer iniciativa que dê um respiro para os civis das hostilidades incessantes é algo positivo".
"O CICV, junto com o Crescente Vermelho Árabe Sírio, está preparado para entrar na área e distribuir a tão necessitada ajuda humanitária ao povo afetado pelas hostilidades", assegurou Mardini.
O responsável do CICV também insistiu no fato de que a principal necessidade das pessoas de Ghouta Oriental é o acesso a remédios e à assistência de saúde.
"Muita gente em Ghouta Oriental, tanto os doentes como os feridos, poderiam ter se submetido aos tratamentos necessários se os remédios tivessem sido distribuídos de forma habitual", destacou Mardini.
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