Após noite de violência, Nicarágua admite mudanças em reforma da previdência
Manágua, 21 abr (EFE).- O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, afirmou neste sábado que seu governo está disposto a fazer mudanças nas reformas sobre a previdência social que geraram protestos populares que terminaram com ao menos dez mortes, cerca de 100 feridos e danos a estabelecimentos comerciais e outros imóveis.
Em mensagem transmitida por rede nacional de rádio e televisão, Ortega, que apareceu pela primeira vez desde que a crise começou na última quarta-feira, reafirmou que o governo retomará o diálogo com o setor privado para discutir sobre as novas medidas na previdência social.
"Se na mesa (de diálogo com os empresários) for encontrada uma melhor forma de aplicar esse ajuste", o decreto poderá ser reformado ou anulado para que se faça um novo, disse o presidente.
Enquanto o governante pronunciava sua mensagem ao país, os enfrentamentos prosseguiam em Manágua entre manifestantes e a polícia e os simpatizantes do governo, uma cena que vem se repetindo desde a quarta-feira.
Ortega e os integrantes do comando do exército e da polícia nacional defenderam que todos os setores apresentem "algo", incluindo o Estado. "Talvez encontraremos fórmulas que nos permitam proteger a previdência social, em particular os aposentados", disse.
O presidente explicou que o seu governo está "totalmente de acordo em retomar o diálogo pela paz" com o setor privado, e responsabilizou "pequenos grupos da oposição" pela violência, que "conspiram contra o modelo de alianças, porque pensam que vão tomar o governo a qualquer custo".
Através de duas resoluções, o Conselho Diretor do Instituto Nacional de Seguridade Social chegou a um acordo na terça-feira para aumentar de 6,25% para 7% a alíquota que os trabalhadores pagam à previdência social a partir de 1º de julho.
O conselho também decidiu elevar de 19% para 21% a cota patronal a partir dessa mesma data, e um ponto percentual a mais a partir de 1º de janeiro de 2019, além de mais 0,5% a partir de 2020, até chegar a 22,5%.
Além disso, as resoluções estabelecem que os aposentados terão que fornecer 5% do valor de suas pensões em conceito de cobertura de doenças.
A Nicarágua amanheceu neste sábado com militares mobilizados em várias cidades após uma noite de enfrentamentos e vandalismo que deixou pelo menos sete mortos, o que elevou para dez o número de vítimas durante os protestos iniciados na quarta-feira contra a reforma.
As autoridades nicaraguenses e representantes da oposição denunciaram neste sábado atos de vandalismo e saques a estabelecimentos comerciais nas cidades de Masaya (sudeste) e León (noroeste).
As reformas na previdência social serviram como estopim para as manifestações, mas o ambiente de rebeldia contra o governo de Ortega já vinha sendo notado nos últimos meses.
O aumento do custo de vida, os atos de corrupção e ações contra a liberdade de expressão na Nicarágua, entre outros, são alguns dos fatores que motivaram os protestos.
Em mensagem transmitida por rede nacional de rádio e televisão, Ortega, que apareceu pela primeira vez desde que a crise começou na última quarta-feira, reafirmou que o governo retomará o diálogo com o setor privado para discutir sobre as novas medidas na previdência social.
"Se na mesa (de diálogo com os empresários) for encontrada uma melhor forma de aplicar esse ajuste", o decreto poderá ser reformado ou anulado para que se faça um novo, disse o presidente.
Enquanto o governante pronunciava sua mensagem ao país, os enfrentamentos prosseguiam em Manágua entre manifestantes e a polícia e os simpatizantes do governo, uma cena que vem se repetindo desde a quarta-feira.
Ortega e os integrantes do comando do exército e da polícia nacional defenderam que todos os setores apresentem "algo", incluindo o Estado. "Talvez encontraremos fórmulas que nos permitam proteger a previdência social, em particular os aposentados", disse.
O presidente explicou que o seu governo está "totalmente de acordo em retomar o diálogo pela paz" com o setor privado, e responsabilizou "pequenos grupos da oposição" pela violência, que "conspiram contra o modelo de alianças, porque pensam que vão tomar o governo a qualquer custo".
Através de duas resoluções, o Conselho Diretor do Instituto Nacional de Seguridade Social chegou a um acordo na terça-feira para aumentar de 6,25% para 7% a alíquota que os trabalhadores pagam à previdência social a partir de 1º de julho.
O conselho também decidiu elevar de 19% para 21% a cota patronal a partir dessa mesma data, e um ponto percentual a mais a partir de 1º de janeiro de 2019, além de mais 0,5% a partir de 2020, até chegar a 22,5%.
Além disso, as resoluções estabelecem que os aposentados terão que fornecer 5% do valor de suas pensões em conceito de cobertura de doenças.
A Nicarágua amanheceu neste sábado com militares mobilizados em várias cidades após uma noite de enfrentamentos e vandalismo que deixou pelo menos sete mortos, o que elevou para dez o número de vítimas durante os protestos iniciados na quarta-feira contra a reforma.
As autoridades nicaraguenses e representantes da oposição denunciaram neste sábado atos de vandalismo e saques a estabelecimentos comerciais nas cidades de Masaya (sudeste) e León (noroeste).
As reformas na previdência social serviram como estopim para as manifestações, mas o ambiente de rebeldia contra o governo de Ortega já vinha sendo notado nos últimos meses.
O aumento do custo de vida, os atos de corrupção e ações contra a liberdade de expressão na Nicarágua, entre outros, são alguns dos fatores que motivaram os protestos.
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