Manifestações do dia 1º de Maio deixam mais de 100 pessoas detidas em Paris
Um total de 109 pessoas passaram a noite de terça-feira detidas em delegacia pelo suposto envolvimento nos distúrbios causados pelos grupos de radicais que se infiltraram na manifestação do dia 1º de maio, em Paris, anunciou nesta quarta a polícia local.
Em entrevista do canal "France 2", o ministro do Interior, Gérard Collomb, explicou que os violentos, identificados como "black blocs" eram "mais numerosos" do que o previsto, pois esperavam entre 500 e 600, mas na realidade foram o dobro "de toda Europa".
Collomb se defendeu das críticas da oposição - tanto da esquerda como da direita - por não ter controlado esse risco, que já era conhecido, dizendo que "não se pode impedir um certo número de pessoas que chegam como civis, se misturam com a multidão e, de repente, se vestem como 'black blocs".
Para o ministro, as ações violentas foram "inadmissíveis" e anunciou que "para as próximas manifestações, haverá ainda mais forças da ordem para separar totalmente os manifestantes violentos".
Da Austrália, onde estava em viagem oficial, o presidente francês, Emmanuel Macron, realizou uma condena com firmeza a violência e apontou que "será feito o possível para que seus autores sejam identificados e respondam pelos seus atos".
"O dia 1º de maio é o dia dos trabalhadores, não o dia dos que destroem. Só posso condenar com a maior firmeza o que aconteceu".