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Najib Razak, ex-primeiro-ministro da Malásia, é proibido de deixar o país

O ex-primeiro-ministro da Maláisa Najib Razak - Sadiq Asyraf/AP Photo
O ex-primeiro-ministro da Maláisa Najib Razak Imagem: Sadiq Asyraf/AP Photo

Em Bangcoc

12/05/2018 05h33

As autoridades da Malásia proibiram, neste sábado (12), o ex-primeiro-ministro Najib Razak, supostamente relacionado a um caso de corrupção, de abandonar o país quando ele estava prestes a viajar de avião para a Indonésia, de acordo com informações da imprensa local.

"Eu aceito a decisão e vou permanecer com minha família no país", disse Najib na sua conta do Twitter, segundo o site "Free Malaysia Today".

O ex-primeiro-ministro, que perdeu as eleições disputadas na última quarta-feira, foi relacionado com um caso de desvio através de um fundo de investimento estatal que o novo chefe do Governo, Mahathir Mohamad, prometeu levar à Justiça.

Esta manhã, Najib escreveu na sua conta do Facebook que após uma dura campanha, que descreveu como "talvez a mais intensa da história da Malásia", tinha decidido tirar uma "pequena folga" com sua família.

"Eu rezo para que, após este período de divisão, o país se una. Peço desculpas por qualquer defeito e erro", acrescentou o antigo premier, que planejava viajar com sua esposa, Rosmah Mansor.

No entanto, o Departamento de Imigração indicou algumas horas depois que Najib e sua esposa "estão proibidos de deixar o país", segundo um comunicado citado pelo site "Malaysiakini", que não especifica as razões.

Najib se viu envolvido em 2015 em um caso de corrupção pelo desvio para suas contas bancárias privadas de cerca de US$ 681 milhões do fundo estatal 1Malaysia Development Berhad (1MDB), que ele tinha criado e do qual era presidente.

O antigo governante alegou que o dinheiro era uma doação da família real da Arábia Saudita e o Ministério Público da Malásia exonerou ao então líder de qualquer suspeita.

No entanto, o suposto desvio e a lavagem de dinheiro supostamente desviados do 1MDB, estão sendo investigados em alguns países, incluindo Estados Unidos, Suíça e Cingapura.

O novo primeiro-ministro, de 92 anos, prometeu uma investigação deste suposto caso de corrupção após vencer as eleições, onde derrotou a coligação Barisan Nasional (Frente Nacional), no poder desde a independência do país, há mais de 60 anos.