Rússia condena assassinato na Ucrânia de jornalista russo crítico de Putin
Moscou, 30 mai (EFE).- O governo da Rússia condenou nesta quarta-feira o assassinato do jornalista opositor russo Arkady Babchenko, baleado ontem à noite pelas costas na entrada de sua residência em Kiev, na Ucrânia.
"Condenamos firmemente esse assassinato. Esperamos uma investigação autêntica, e não voltada para os holofotes, para esclarecer quem está por trás do crime", disse Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.
Peskov denunciou que, "infelizmente, nos últimos anos, a Ucrânia tem se tornado um lugar muito perigoso para o trabalho dos jornalistas".
"Sabemos que muitas pessoas estão morrendo ali, muitos jornalistas. Os comunicadores são expulsos do país ou mandados para a prisão", destacou o funcionário russo.
O porta-voz do Kremlin disse que a situação é "inaceitável" e exigiu uma "firme reação internacional" que obrigue as autoridades ucranianas a tomarem providências.
O primeiro-ministro ucraniano, Volodymyr Groysman, se mostrou convencido hoje de que "a máquina do totalitarismo russo não perdoou a honestidade e os princípios" do jornalista assassinado.
"Os assassinos devem ser punidos", disse Groysman, que acrescentou que Babchenko era "um verdadeiro amigo da Ucrânia", que contou ao mundo "a verdade sobre a agressão russa".
Essas acusações foram rechaçadas hoje pelo ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, que lamentou o fato de já estarem acusando Moscou de envolvimento em tal assassinato.
"Uma nova tragédia ocorreu ontem em Kiev. Arkady Babchenko foi assassinado a tiros na entrada de sua própria casa e o primeiro-ministro ucraniano já está dizendo que, certamente, o crime foi um trabalho do serviço secreto russo", disse Lavrov.
Babchenko, de 41 anos, teve que deixar a Rússia no início de 2017 após receber ameaças de morte e, depois de passar vários meses em Praga, na República Tcheca, se instalou em Kiev.
O jornalista foi protagonista de várias polêmicas, como quando afirmou que não lamentava a morte dos 92 ocupantes do avião que caiu em 2016, que voava para a Síria com os integrantes do coral e do grupo de dança Ensemble Alexandrov do exército russo, e quando disse que retornaria à Rússia em cima de um carro de combate americano Abrams.
Ex-militar profissional que lutou nas duas campanhas da Chechênia, Babchenko se tornou correspondente de guerra para o jornal "Moskovski Komsomolets" e, mais tarde, passou a escrever para o jornal opositor "Novaya Gazeta", no qual teceu abertamente críticas ao regime do presidente Vladimir Putin.
Há dez anos, Babchenko escreveu um livro sobre a Chechênia, "A Guerra Mais Cruel", onde narra suas experiências em tal disputa.
Este é o segundo assassinato de um jornalista russo refugiado na Ucrânia nos últimos dois anos.
O assassinato do jornalista russo-bielorrusso Pavel Sheremet, que morreu em julho de 2016 em um atentado com um carro-bomba na capital ucraniana, continua sem ser esclarecido.
"Condenamos firmemente esse assassinato. Esperamos uma investigação autêntica, e não voltada para os holofotes, para esclarecer quem está por trás do crime", disse Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.
Peskov denunciou que, "infelizmente, nos últimos anos, a Ucrânia tem se tornado um lugar muito perigoso para o trabalho dos jornalistas".
"Sabemos que muitas pessoas estão morrendo ali, muitos jornalistas. Os comunicadores são expulsos do país ou mandados para a prisão", destacou o funcionário russo.
O porta-voz do Kremlin disse que a situação é "inaceitável" e exigiu uma "firme reação internacional" que obrigue as autoridades ucranianas a tomarem providências.
O primeiro-ministro ucraniano, Volodymyr Groysman, se mostrou convencido hoje de que "a máquina do totalitarismo russo não perdoou a honestidade e os princípios" do jornalista assassinado.
"Os assassinos devem ser punidos", disse Groysman, que acrescentou que Babchenko era "um verdadeiro amigo da Ucrânia", que contou ao mundo "a verdade sobre a agressão russa".
Essas acusações foram rechaçadas hoje pelo ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, que lamentou o fato de já estarem acusando Moscou de envolvimento em tal assassinato.
"Uma nova tragédia ocorreu ontem em Kiev. Arkady Babchenko foi assassinado a tiros na entrada de sua própria casa e o primeiro-ministro ucraniano já está dizendo que, certamente, o crime foi um trabalho do serviço secreto russo", disse Lavrov.
Babchenko, de 41 anos, teve que deixar a Rússia no início de 2017 após receber ameaças de morte e, depois de passar vários meses em Praga, na República Tcheca, se instalou em Kiev.
O jornalista foi protagonista de várias polêmicas, como quando afirmou que não lamentava a morte dos 92 ocupantes do avião que caiu em 2016, que voava para a Síria com os integrantes do coral e do grupo de dança Ensemble Alexandrov do exército russo, e quando disse que retornaria à Rússia em cima de um carro de combate americano Abrams.
Ex-militar profissional que lutou nas duas campanhas da Chechênia, Babchenko se tornou correspondente de guerra para o jornal "Moskovski Komsomolets" e, mais tarde, passou a escrever para o jornal opositor "Novaya Gazeta", no qual teceu abertamente críticas ao regime do presidente Vladimir Putin.
Há dez anos, Babchenko escreveu um livro sobre a Chechênia, "A Guerra Mais Cruel", onde narra suas experiências em tal disputa.
Este é o segundo assassinato de um jornalista russo refugiado na Ucrânia nos últimos dois anos.
O assassinato do jornalista russo-bielorrusso Pavel Sheremet, que morreu em julho de 2016 em um atentado com um carro-bomba na capital ucraniana, continua sem ser esclarecido.
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