Nova onda de violência na Nicarágua deixa 11 mortos e 79 feridos, diz ONG
Manágua, 31 mai (EFE).- Pelo menos 11 pessoas morreram e outras 79 ficaram feridas nos ataques ocorridos entre ontem e hoje, quinta-feira, na Nicarágua, durante as manifestações em favor e contrárias ao governo de Daniel Ortega, informou o Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh).
"O resultado deste fato criminoso, ao fechamento deste primeiro comunicado, deixou um total de 79 feridos e 11 mortos", indicou a organização humanitária em um relatório.
A chamada de "Mãe de Todas as Marchas" na capital da Nicarágua, realizada na quarta-feira por setores que pedem a saída do presidente Daniel Ortega e que terminou com um tiroteio, deixou ao menos seis mortos e 47 feridos, segundo o Cenidh.
Essa grande manifestação, convocada pelo Movimento Mães de Abril e em apoio às 83 mulheres que perderam seus filhos durante os protestos, terminou com um tiroteio nas imediações da Universidade Centro-Americana e da Universidade Nacional de Engenharia.
O ataque ocorreu quando as mulheres que perderam seus filhos em manifestações contra o presidente Daniel Ortega agradeciam aos milhares de nicaraguenses que as acompanharam na caminhada por causa do Dia das Mães, que no país é celebrado em 30 de maio.
Em Estelí, cidade situada 149 quilômetros ao norte da capital Manágua, também foram registrados enfrentamentos, que deixaram quatro mortos e 32 feridos, segundo o relatório da ONG.
Já no município de Masaya, que fica 28 quilômetros a sudeste de Manágua, o Cenidh reportou a morte de um homem durante a madrugada desta quinta-feira, que recebeu um tiro no peito e morreu a caminho do hospital.
"A magnitude destes fatos que ainda persistem em diferentes lugares do país se vê agravada com ações como patrulhas intensas, tiroteios esporádicos e a presença de franco-atiradores em determinados lugares onde não se pode transitar", advertiu o Cenidh, que condenou energicamente os atos de violência e repressão "ordenados" pelo governo.
O Cenidh afirmou categoricamente que, por ter participado da manifestação e acompanhado as ações criminosas, "os agressores foram a polícia repressiva e as forças de choque sob comando de Daniel Ortega e de sua esposa Rosario Murillo", vice-presidente do país.
A ONG afirmou que havia uma distância de três a quatro quilômetros entre os lugares onde ocorreu a "Mãe de Todas as Marchas" e uma concentração convocada pelo Executivo.
"Por isso, ficou claramente comprovado que os agressores chegaram de outro lugar para atacar a marcha pacífica das mães, que já estava quase no fim", acrescentou o Cenidh.
A Nicarágua atravessa uma crise sociopolítica que já deixou pelo menos 76 mortos desde 18 de abril, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), 83 de acordo com Anistia Internacional e 85 segundo a Comissão da Verdade, Justiça e Paz nicaraguense, números que não incluem as 11 mortes registradas entre ontem e hoje.
A maioria das vítimas são estudantes universitários e civis, e a causa mais frequente de morte são disparos certeiros na cabeça, pescoço e tórax, por isso o CIDH não descartou que o governo da Nicarágua tenha realizado "execuções extrajudiciais".
Os protestos contra o governo de Daniel Ortega começaram em abril por causa de uma reforma da previdência, que acabou não passando, e foram amplificados pelos assassinatos ocorridos durante as manifestações.
"O resultado deste fato criminoso, ao fechamento deste primeiro comunicado, deixou um total de 79 feridos e 11 mortos", indicou a organização humanitária em um relatório.
A chamada de "Mãe de Todas as Marchas" na capital da Nicarágua, realizada na quarta-feira por setores que pedem a saída do presidente Daniel Ortega e que terminou com um tiroteio, deixou ao menos seis mortos e 47 feridos, segundo o Cenidh.
Essa grande manifestação, convocada pelo Movimento Mães de Abril e em apoio às 83 mulheres que perderam seus filhos durante os protestos, terminou com um tiroteio nas imediações da Universidade Centro-Americana e da Universidade Nacional de Engenharia.
O ataque ocorreu quando as mulheres que perderam seus filhos em manifestações contra o presidente Daniel Ortega agradeciam aos milhares de nicaraguenses que as acompanharam na caminhada por causa do Dia das Mães, que no país é celebrado em 30 de maio.
Em Estelí, cidade situada 149 quilômetros ao norte da capital Manágua, também foram registrados enfrentamentos, que deixaram quatro mortos e 32 feridos, segundo o relatório da ONG.
Já no município de Masaya, que fica 28 quilômetros a sudeste de Manágua, o Cenidh reportou a morte de um homem durante a madrugada desta quinta-feira, que recebeu um tiro no peito e morreu a caminho do hospital.
"A magnitude destes fatos que ainda persistem em diferentes lugares do país se vê agravada com ações como patrulhas intensas, tiroteios esporádicos e a presença de franco-atiradores em determinados lugares onde não se pode transitar", advertiu o Cenidh, que condenou energicamente os atos de violência e repressão "ordenados" pelo governo.
O Cenidh afirmou categoricamente que, por ter participado da manifestação e acompanhado as ações criminosas, "os agressores foram a polícia repressiva e as forças de choque sob comando de Daniel Ortega e de sua esposa Rosario Murillo", vice-presidente do país.
A ONG afirmou que havia uma distância de três a quatro quilômetros entre os lugares onde ocorreu a "Mãe de Todas as Marchas" e uma concentração convocada pelo Executivo.
"Por isso, ficou claramente comprovado que os agressores chegaram de outro lugar para atacar a marcha pacífica das mães, que já estava quase no fim", acrescentou o Cenidh.
A Nicarágua atravessa uma crise sociopolítica que já deixou pelo menos 76 mortos desde 18 de abril, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), 83 de acordo com Anistia Internacional e 85 segundo a Comissão da Verdade, Justiça e Paz nicaraguense, números que não incluem as 11 mortes registradas entre ontem e hoje.
A maioria das vítimas são estudantes universitários e civis, e a causa mais frequente de morte são disparos certeiros na cabeça, pescoço e tórax, por isso o CIDH não descartou que o governo da Nicarágua tenha realizado "execuções extrajudiciais".
Os protestos contra o governo de Daniel Ortega começaram em abril por causa de uma reforma da previdência, que acabou não passando, e foram amplificados pelos assassinatos ocorridos durante as manifestações.
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