Sobe para 25 o número de mortos pelo tufão Mangkhut nas Filipinas; Hong Kong emite alerta
O número de vítimas nas Filipinas por causa do tufão Mangkhut chegou a 25 e, segundo dados provisórios divulgados à medida que as equipes de emergência chegam às áreas castigadas por este fenômeno meteorológico, há dezenas de desaparecidos.
O assessor Francis Tolentino, enviado do presidente Rodrigo Duterte para supervisionar a resposta ao desastre nas áreas afetadas, confirmou esses números à imprensa local em Cagayan, província aonde chegou o maior tufão da temporada no país.
A maioria das mortes foi ocasionada por deslizamentos de terra nas regiões montanhosas que receberam as fortes chuvas e fortes ventos do Mangkhut em sua passagem no sábado (15) pelo norte das Filipinas.
Vinte dessas mortes ocorreram na região de Cordillera, quatro em Nueva Ecija e uma em Ilocos, segundo a apuração do governo nacional.
Na região de Cordillera, uma família de seis membros morreu quando sua casa, na cidade de Baguio, foi soterrada por um deslizamento de terra e um morador da área de Kalinga morreu esmagado por uma rocha.
Em Nova Vizcaya, um homem de 36 anos e três de seus filhos - entre eles, um de dois anos e outro de oito meses - também morreram com um deslizamento que arrasou sua casa, enquanto o resto de sua família estava refugiada em um centro de evacuação.
Na província de Ilocos Sul, um homem morreu depois que uma árvore caiu em cima dele enquanto limpava o acesso a sua casa.
Segundo Tolentino, por enquanto não se tem informação de vítimas nas províncias de Cagayan e Isabela, no litoral nordeste da ilha de Luzon, onde chegou Mangkhut e que foram as primeiras a receber a força do tufão.
Uma equipe de três pessoas da televisão nacional "TV5" permanece desaparecida desde ontem, após ser vista pela última vez em Santa Ana, na província de Cagayan.
O assessor do presidente ressaltou que além de localizar os desaparecidos, os esforços estão se centrando em restabelecer a eletricidade e as comunicações nas zonas afetadas.
Está previsto que o presidente Duterte visite hoje as regiões afetadas e realize uma "inspeção aérea" para avaliar os danos.
Hong Kong
O Observatório de Hong Kong emitiu neste domingo alerta máximo por causa da chegada do Mangkhut, que apresenta uma grande "ameaça" para a cidade, assim como para várias províncias do sudeste de China.
O alerta permanecerá em vigor durante as próximas horas, quando se esperam ventos com velocidades de mais de 118 km/h.
Às 10h (horário local, 23h de sábado em Brasília), o Mangkhut estava a cerca de 150 quilômetros a sudeste de Hong Kong, com um deslocamento de oeste-noroeste a 30 km/h para o litoral da província de Guangdong.
"Mangkhut continua se movimentando constantemente para a costa ocidental de Guangdong, aproximando-se cada vez mais de Hong Kong com uma grande ameaça", alertou a agência oficial de notícias Xinhua, que explicou que, ao meio-dia, é quando o fenômeno meteorológico impactará mais forte sobre a ex-colônia britânica.
As autoridades aconselharam os moradores a não saírem de casa, manter-se afastados de janelas e portas exteriores e não se aproximar do litoral, enquanto a maioria dos voos no aeroporto internacional de Hong Kong foram cancelados.