Fox News decide apoiar CNN em processo contra Trump por veto a jornalista na Casa Branca
Emissora favorita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Fox News anunciou nesta quarta-feira (14) que pretende apoiar a CNN em uma ação contra o governo por ter vetado o acesso à Casa Branca de um dos jornalistas do canal, Jim Acosta, após uma confusão em uma entrevista coletiva.
Em comunicado, a Fox News, emissora concorrente da CNN, afirmou que pretende apresentar-se como "amicus curiae" no processo, um instrumento legal no qual uma terceira parte passa a fazer parte da ação para prestar informações relevantes à corte.
"A Fox News apoia a CNN no esforço legal para recuperar o credenciamento de seu repórter à Casa Branca", disse o presidente da emissora, Jay Wallace, no comunicado.
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Wallace ainda afirmou na nota que as credenciais do Serviço Secreto para os jornalistas que trabalham na Casa Branca "nunca devem ser usados como arma".
"Embora não aprovamos o tom cada vez mais antagônico tanto por parte do presidente como dos jornalistas nas últimas entrevistas coletivas, apoiamos sim uma imprensa livre, com acesso livre", concluiu o presidente da Fox News.
A medida surpreendeu pelo fato de a Fox News ser a emissora mais próxima do presidente americano. Alguns dos aliados mais próximos de Trump, como os apresentadores Sean Hannity e Jeanine Pirro, chegaram a fazer campanha para os republicanos às vésperas das eleições legislativas.
A CNN pede no processo que o governo devolva a Acosta, correspondente-chefe da emissora na Casa Branca, o credenciamento permanente retirado depois de uma tensa coletiva de Trump.
A emissora alega que a decisão do governo americano viola os direitos previstos na Primeira Emenda sobre a liberdade de imprensa.
A Casa Branca afirmou que vai se defender "vigorosamente" na Justiça e ressaltou que outros 50 funcionários da CNN estão credenciados para cobrir as atividades do presidente.
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