EUA atribuem morte de criança guatemalteca a aumento de prisões na fronteira
Washington, 26 dez (EFE).- O governo dos Estados Unidos atribuiu nesta quarta-feira a morte de um menino guatemalteco que estava sob a custódia da Patrulha da Fronteira ao aumento das prisões de imigrantes que tentam chegar ao país pelo México.
"Nos últimos meses, vimos um aumento excepcional de entradas ilegais de famílias e crianças não acompanhadas na fronteira", afirmou a secretária de Segurança Nacional, Kirstjen Nielsen.
Segundo ela, os agentes detiveram 139.817 imigrantes ilegais na fronteira com o México nos últimos dois meses, uma alta de 86% em relação aos 74.946 presos no mesmo período do ano passado.
Nielsen culpou os traficantes de pessoas e os próprios pais das crianças por "colocar a vida das em risco" ao embarcarem na perigosa viajem para cruzar a fronteira americana.
"E é fato que os imigrantes ilegais, especialmente as crianças, cada vez mais apresentam problemas médicos e doenças causas pela dureza da viagem", afirmou a secretária.
Um menino guatemalteco de 8 anos morreu ontem em um hospital do estado do Novo México por motivos ainda desconhecidos após estar sob a custódia da Patrulha da Fronteira por mais de uma semana.
Antes ele, a guatemalteca Jakelin Caal Maquín, de 7 anos, morreu em um hospital de El Paso, no Texas. Ela havia cruzado a fronteira ilegalmente junto com seu pai e também foi presa pelos agentes.
Nielsen afirmou que seis imigrantes ilegais morreram sob a custódia do governo ao longo do ano fiscal de 2018, que terminou em outubro. A secretária ressaltou que nenhum deles era criança e que há mais de uma década um menor não morria nessas circunstâncias.
A secretária também citou que a legislação americana não permite que os imigrantes fiquem mais de 72 horas nas instalações da Patrulha da Fronteira, que servem apenas de "estadia temporária".
"As estações da Patrulha da Fronteira nunca tiveram finalidade de servir como instalações para a retenção de nenhuma pessoa por um longo período de tempo", afirmou.
A secretária de Segurança Nacional disse que o sistema migratório dos EUA foi levado a um "ponto de quebra" por aqueles que querem que as fronteiras fiquem abertas, responsabilizando juízes, ativistas e o Congresso pela situação atual.
"Por instruções minhas, todas as crianças sob nossa custódia passarão por avaliações médicas exaustivas o mais breve possível", afirmou Nielsen. EFE
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