Indonésia investiga colapso do vulcão Anak Krakatau
Bangcoc, 29 dez (EFE).- Autoridades da Indonésia investigam neste sábado com cientistas estrangeiros como aconteceu o tsunami de uma semana atrás no estreito de Sunda, a princípio atribuído ao colapso do vulcão Anak Krakatau, cuja cratera perdeu cerca de 200 metros de altura.
Austrália, Estados Unidos, França e Japão são os países com os quais a Indonésia compartilha dados geológicos, segundo o ministro de Energia e Recursos Minerais indonésio, Ignasius Jonan. O objetivo da parceria é melhorar a precisão das análises, porque o tsunami do dia 22 no estreito que separa as ilhas de Java e Sumatra foi o primeiro registrado na Indonésia que não teve origem em um terremoto.
As autoridades do país asiático não deram ainda uma explicação oficial sobre o fenômeno, embora uma da hipóteses mais recorrentes seja a de que o afundamento de uma grande parte do vulcão tenha provocado o tsunami.
O Anak Krakatau, nome indonésio que significa "filho de Krakatoa", fica em uma ilha vulcânica do estreito de Sunda. Antes a 340 metros sobre o nível do mar, após o colapso a altura dele foi reduzida a 110 metros.
A queda desta parte do vulcão no mar pode ser a origem das ondas de vários metros que afetaram o litoral sul de Sumatra e o oeste de Java na noite do último dia 22.
O último balanço oficial da tragédia é de 426 mortos, 23 desaparecidos, 7.202 feridos e 40.386 pessoas que tiveram que deixar suas residências devido ao tsunami.
O distrito de Pandeglang, na província de Banten, em Java, foi a região mais afetada, com 288 mortos.
A Cruz Vermelha e a ONG Médicos sem Fronteiras são algumas das entidades nacionais e estrangeiras que prestam assistência aos sobreviventes.
As autoridades indonésias ainda não deram sinal verde para o retorno de milhares de pessoas a suas casas porque a atividade do Anak Krakatau não diminuiu o suficiente.
A Indonésia é quarto país mais populoso do mundo, com 265 milhões de habitantes, e o que tem a maior comunidade muçulmana.
O tsunami em Sunda foi o segundo de grande impacto a afetar o país em 2018, após o ocorrido em 28 de setembro na ilha de Célebes e que matou 2.256 pessoas.
O pior tsunami da história da Indonésia aconteceu em 26 de dezembro de 2004 e causou a morte de 167 mil pessoas nas ilhas que foram seu território, além de ter matado outras 59 mil pessoas em 11 países banhados pelo oceano Índico, como Tailândia, Índia e Sri Lanka. EFE
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