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Policiais venezuelanos vão à casa de Guaidó para interrogar sua esposa

31/01/2019 17h33

Caracas, 31 jan (EFE).- O chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino do país, denunciou nesta quinta-feira que agentes da Polícia Nacional Bolivariana foram até sua casa em Caracas para tentar interrogar sua esposa, Fabiana Rosales, que não estava no local.

Guaidó afirmou nas redes sociais que qualquer incidente relacionado a sua família seria de responsabilidade do governo de Nicolás Maduro e agradeceu aos vizinhos por alertarem sobre a presença de membros das forças especiais da Polícia Nacional.

"Eles estão, evidentemente, medindo a capacidade de reação. E outra vez se deram mal", disse Guaidó a jornalistas pouco depois de chegar em casa e ver que os agentes tinham ido embora.

"Foram atrás da minha família porque sabemos que esse é o modus operandi", acrescentou o líder da oposição.

No momento da operação, apenas a filha de Guaidó, de quase 2 anos, e uma das avós da criança estavam na casa. Os agentes chegaram ao local em motos e em uma caminhonete, se identificaram como membros das Forças de Ações Especiais (Faes) e perguntaram se Fabiana estava na casa. Ela, porém, acompanhava o marido em um evento em Caracas para apresentar um programa de desenvolvimento para o país durante a transição de governo.

"Eles são os que querem cruzar a linha vermelha", disse Guaidó.

O líder da oposição aproveitou a ocasião para reiterar a proposta de anistia para os policiais que desobedecerem as ordens de Maduro.

Guaidó foi preso no último dia 13 por agentes do Serviço de Inteligência Bolivariano (Sebin) quando participava de um evento com simpatizantes em uma região próxima a Caracas. O opositor foi libertado meia hora depois. EFE