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Sobe para 110 o número de mortos em Brumadinho; 238 estão desaparecidos

31/01/2019 20h48

São Paulo, 31 jan (EFE).- O número de mortos na tragédia provocada após o rompimento de uma barragem da Vale na última sexta-feira chegou a 110, enquanto os serviços de resgate ainda buscam 238 desaparecidos, informou nesta quinta-feira o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.

O porta-voz da instituição, o tenente Pedro Aihara, disse em entrevista coletiva que as equipes mantiveram os trabalhos centrados nos 18 pontos de atenção pré-determinados e avaliou que, passados sete dias desde a catástrofe, a operação entra "em uma fase um pouco mais difícil".

"Entramos em uma fase um pouco mais difícil da operação, considerando que os corpos que estavam em áreas superficiais já foram achados e resgatados", explicou o tenente, que acrescentou que, a partir de agora, o resgate dos corpos dependerá do uso de máquinas de grande porte e de escavações.

De acordo com Aihara, nos próximos dias "seguramente o número de corpos aumentará", mas "talvez a velocidade dos trabalhos diminua um pouco".

Durante o dia, as equipes de busca e resgate tiveram que interromper seus trabalhos temporariamente repetidas vezes devido à chuva, que deixou a lama "bastante instável" em algumas áreas e dificultou os trabalhos.

Ao lado da tragédia de Mariana de três anos atrás, os trabalhos de busca em Brumadinho já se transformaram na maior operação deste tipo já realizada no estado, segundo o porta-voz dos bombeiros.

"Já são mais de 424 missões de aeronaves e cerca de 228 horas de voo, o que demonstra a magnitude da missão", comentou.

O porta-voz acrescentou que 360 pessoas atuaram nos trabalhos de resgate nesta quinta-feira, às quais é preciso somar os 950 policiais que seguem trabalhando nos pontos considerados de difícil acesso.

Dos 110 mortos, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que já foram identificadas 71 pessoas, na sua maioria trabalhadores da Vale que estavam no refeitório no momento do desmoronamento de lama e resíduos minerais.

O desastre destruiu também 270 hectares de terras e deixou pelo menos 108 pessoas sem suas casas. EFE