Rússia prolonga por três meses detenção de suposto espião americano Whelan
Moscou, 22 fev (EFE).- Um tribunal russo prolongou nesta sexta-feira por três meses a detenção do suposto espião americano Paul Whelan, ao mesmo tempo que o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, antiga KGB) ampliou pelo mesmo período a investigação preliminar sobre o caso.
Whelan, que é cidadão americano, irlandês, britânico e canadense, foi detido em 28 de dezembro por agentes do FSB em um hotel de Moscou por supostas "atividades de espionagem".
A família do americano nega as acusações russas e assegura que Whelan viajou para Moscou para participar de um casamento.
O antigo infante da marinha dos EUA supostamente recebeu de um conhecido um cartão de memória que "continha a lista completa dos trabalhadores de um serviço secreto" russo.
Seu advogado Vladimir Zherebenkov afirmou recentemente após uma audiência que Whelan esperava receber materiais sobre viagens turísticas à Rússia em um dispositivo informático, como fotografias e vídeos e que não sabe de onde saiu a informação secreta de Estado no cartão de memória.
Zherebenkov afirmou nesta sexta-feira à agência russa "Interfax" que os especialistas descartaram que Whelan sofra de algum problema mental, de maneira que estabeleceram que estava plenamente consciente de suas ações e que é apto para enfrentar um julgamento por suposta espionagem, crime pelo qual pode ser condenado a até 20 anos de prisão.
Por sua vez, a porta-voz da embaixada americana na Rússia, Andrea Kalan, denunciou hoje problemas no acesso consular a Whelan.
Em mensagens da rede social Twitter, indicou que um funcionário consular visitou na quinta-feira o americano e expressou sua "grande preocupação com o atraso" sofrido pela legação americana para que as autoridades russas deixem Whelan assinar um documento no qual autoriza os EUA informar sobre seu caso.
"Em todos os casos anteriores pudemos obter um documento assinado, mas no do senhor Whelan o Comitê de Investigação (da Rússia) não permite. Por que é este caso diferente? O acesso consular sem poder proporcionar apoio consular adequado não é um acesso real", denunciou Kalan. EFE
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