May pede que se evite "frustrar" o resultado do plebiscito do Brexit
A primeira-ministra do Reino Unido, a conservadora Theresa May, insistiu em que não se deve "frustrar" o resultado do plebiscito no qual se decidiu pelo Brexit, depois que membros do seu gabinete defenderam adiar a saída da União Europeia (UE) se não for aprovado um acordo.
"O nosso empenho para materializar o Brexit deve ser absoluto. Não podemos frustrar o que foi o maior exercício democrático na história deste país", afirmou a primeira-ministra na noite de ontem em reunião a portas fechadas com voluntários do Partido Conservador, segundo informou um porta-voz de Downing Street.
"Nos últimos períodos deste processo, a última coisa que não devemos fazer é perder de vista nosso objetivo", declarou May antes de viajar hoje para o Egito para participar de uma reunião entre a UE e a Liga Árabe na qual conversará sobre o Brexit com líderes comunitários.
Pelo menos cinco membros do governo pediram a demissão da ministra de Trabalho e Previdência, Amber Rudd, ao considerar que está liderando uma corrente de pressão para estender o prazo de saída da UE além do dia 29 de março, segundo revelou hoje o jornal The Sunday Times.
Amber, junto com outros dois ministros, publicou no sábado um artigo no qual advertia que o Parlamento bloqueará um possível Brexit não negociado no caso de não se chegar a um consenso sobre as condições de saída da UE "nos próximos dias".