Condenado por pedofilia na Austrália, cardeal George Pell diz ser inocente
Sydney (Austrália), 26 fev (EFE).- O cardeal australiano George Pell, que foi o terceiro homem mais poderoso do Vaticano, reafirmou nesta terça-feira sua inocência apesar de um tribunal do país tê-lo considerado culpado de abuso sexual contra dois menores na década de 1990.
"O cardeal Pell sempre manteve sua inocência e continua desta forma", disse o advogado Paul Galbally, em comunicado onde anunciou um recurso de apelação contra a sentença.
O religioso, que está em liberdade condicional, pode ser detido amanhã, aguarda a sentença que deve ser emitida em março pela Justiça, onde pode ser condenado a uma pena máxima de dez anos de detenção.
O júri do tribunal de Melbourne culpou Pell por unanimidade em cinco acusações, um deles por penetração e o restante por atos indecentes cometidos nesta cidade em 1996 e 1997 contra duas crianças de 13 anos que pertenciam a um coral.
O veredito foi emitido no dia 11 de dezembro do ano passado, mas não pôde ser divulgado até hoje por uma ordem levantada pelo juiz Peter Kidd.
O magistrado suspendeu a restrição para informar sobre o julgamento, considerando que o júri não poderia mais ser influenciado ou em outro caso em que Pell foi acusado de abuso infantil na década de 1970, que foi desestimada.
A divulgação da sentença contra Pell acontece depois da cúpula do Vaticano para abordar a pedofilia na Igreja, onde o papa Francisco ofereceu no último domingo, oito diretrizes para erradicar a "monstruosidade" dos abusos infantis, mas a falta de medidas concretas decepcionou às vítimas. EFE
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