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Antes de ser detido, ex-advogado de Trump diz que "há muito para contar"

27.fev.2019 - Michael Cohen, ex-advogado do presidente dos EUA Donald Trump - Chip Somodevilla/Getty Images/AFP
27.fev.2019 - Michael Cohen, ex-advogado do presidente dos EUA Donald Trump Imagem: Chip Somodevilla/Getty Images/AFP

06/05/2019 15h18

Michael Cohen, o ex-advogado pessoal do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou nesta segunda-feira, antes de entrar em uma prisão federal de Nova York para cumprir uma condenação de três anos ditada em dezembro, que "ainda há muito para contar".

"Ainda há muito para contar e espero ansiosamente pelo dia em que poderei compartilhar a verdade", disse Cohen aos veículos de imprensa em frente ao edifício onde reside em Nova York, antes de entrar no carro rumo à prisão de Otisville.

Além disso, Cohen criticou duramente o presidente, ao afirmar que espera que, quando estiver solto, "o país não tenha xenofobia, injustiça e mentiras" no mais alto escalão.

O ex-advogado de Trump foi condenado em dezembro do ano passado a três anos de prisão por diversos crimes como parte das investigações sobre as práticas da equipe de Trump na campanha eleitoral das eleições de 2016.

A detenção, prevista para 6 de março, foi adiada a pedido da defesa, já que o acusado necessitava de tratamento intensivo para recuperar-se de uma operação cirúrgica séria, sob a supervisão de seu médico.

O ex-advogado do presidente dos EUA foi sentenciado à prisão depois de ter se declarado culpado de oito crimes.

Cohen admitiu, entre outras coisas, ter organizado, a pedido de Trump, pagamentos para silenciar durante a campanha presidencial de 2016 duas mulheres que supostamente tinham mantido relações extraconjugais com o magnata.

O advogado implicou diretamente o presidente, assegurando que o tempo todo atuou sob suas ordens e com o objetivo de influenciar nas eleições, por isso seriam pagamentos não declarados e, portanto, ilegais.

Em um recente comparecimento diante do Congresso, o advogado também garantiu que Trump sabia que um de seus colaboradores estava em contato com o site WikiLeaks para a publicação de milhares de correspondências do Partido Democrata, que afetaram a campanha de sua adversária no pleito presidencial de 2016, Hillary Clinton. EFE