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Número de mortos em bombardeios russos contra mercado em Idlib sobe para 37

22/07/2019 13h32

Cairo/Damasco, 22 jul (EFE).- Pelo menos 37 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas nesta segunda-feira em bombardeios de aviões russos contra um mercado na província de Idlib, na Síria, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, que informou que mais 12 civis morreram em outros ataques no noroeste da Síria.

A ONG disse em comunicado que aviões russos atacaram na manhã de hoje o povoado de Maarat al Numan, no sul da região de Idlib, último reduto opositor ao presidente Bashar al Assad. Este foi o ataque com maior número de vítimas civis dos últimos meses.

O Observatório advertiu que o número de mortos pode aumentar nas próximas horas, porque há mais de 100 feridos, alguns deles em estado grave, e os trabalhos de resgate continuam para retirar feridos que estão presos em escombros.

A Defesa Civil Síria, que desenvolve trabalhos de resgate nas áreas fora do controle do governo, publicou nas redes sociais imagens do bombardeio, além de edifícios completamente destruídos e corpos nas ruas. A organização também divulgou no Twitter o vídeo do resgate de uma menina que estava debaixo de escombros e foi retirada com vida.

Por outro lado, a Defesa Civil informou que seis pessoas morreram em ataques aéreos do exército sírio na cidade de Saraqeb, também situada em Idlib.

Além disso, outros seis civis morreram em Hama, cidade fronteiriça com Idlib, após o lançamento de mísseis das facções opositoras contra localidade sob o controle do governo de Assad.

Segundo o Observatório, esta segunda-feira foi o dia em que mais pessoas morreram desde o final de abril nesta região, onde vigora um acordo entre a Rússia e a Turquia para reduzir as hostilidades entre as forças governamentais - das quais Moscou é aliada - e a oposição armada, apoiada por Ancara.

As tropas leais a Damasco e seu principal aliado, a Rússia, atacaram Idlib quase que diariamente nos últimos meses. A ofensiva militar não declarada tem como alvo as áreas onde ainda há presença de facções armadas opositoras, em Idlib e nas províncias vizinhas. EFE