Mulher de Carlos Ghosn pede que Macron interceda com Japão pelo marido
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Paris, 22 ago (EFE).- Carole Ghosn, mulher do ex-presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, voltou a apelar que o presidente da França, Emmanuel Macron, interceda junto ao primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, sobre a situação do marido, que foi posto em liberdade sob pagamento de fiança.
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"Dizer que as condições de liberdade, pagando fiança, são cruéis e incomuns seria um eufemismo. A justiça japonesa não está alinhada com os padrões dos outros países do G7", disse Carole, em comunicado enviado através de seus representantes.
A mulher do empresário pediu que Macron aproveite a Cúpula do G7, que acontecerá entre sábado e segunda-feira, em Biarritz, para debater o assunto com Abe, intercedendo para que os direitos básicos sejam respeitados.
"Carlos merece um julgamento justo, que começa com condições de liberdade com fiança justa e pelo estabelecimento de uma data de julgamento", diz o texto.
Carole, inclusive, questiona o fato de, por determinação da justiça do Japão, não poder entrar em contato com o marido.
"São de um rigor excessivo e abusivo e violam os direitos fundamentais dele, principalmente, devido a vigilância constante dos momentos e comunicações", aponta o comunicado.
Carlos Ghosn foi detido em novembro no Japão, por supostas irregularidades fiscais. O escândalo fez com que o empresário, de 65 anos, fosse destituído, primeiro como presidente das automobilísticas japonesas Nissan e da Mitsubishi, e posteriormente como CEO da francesa Renault. EFE