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Papa Francisco reconhece martírio da jovem brasileira Benigna, que será beata

A declaração do martírio, assinada pelo papa Francisco, é decisiva para a beatificação da menina Benigna, pois não é necessário reconhecer um milagre - Reuters
A declaração do martírio, assinada pelo papa Francisco, é decisiva para a beatificação da menina Benigna, pois não é necessário reconhecer um milagre Imagem: Reuters

03/10/2019 07h43

Cidade do Vaticano, 3 out (EFE).- O papa Francisco assinou o decreto que reconhece o martírio da menina brasileira Benigna Cardoso da Silva, que foi brutalmente assassinada aos 13 anos, em 1941, por um jovem da mesma idade que a assediava.

A assinatura do pontífice foi realizada em uma audiência na quarta-feira (2). Entre os vários decretos aprovados está o que reconhece o martírio da brasileira natural de Santana do Cariri, no Ceará. A declaração do martírio é decisiva para a beatificação, já que assim não é necessário reconhecer um milagre.

Embora ainda não seja beata, Benigna é muito venerada na cidade natal como um mártir da pureza e da castidade. No local da morte da jovem foi erguido um monumento com uma cruz, além de uma lápide e um memorial que conserva alguns de seus objetos pessoais.

Segundo a diocese do Crato, no Ceará, Benigna começou a ser assediada por um menino aos 12 anos. No dia 24 de outubro de 1941, sabendo que ela buscaria água em um poço perto de casa, o jovem de decidiu esperá-la escondido. Ao tentar agarrá-la à força, ele a assassinou com um facão após uma tentativa de defesa de Benigna.