Pais de ex-primeiro-ministro italiano são condenados por fraude
Os pais do ex-primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, foram condenados nesta segunda-feira a um ano e nove meses de prisão, por emissão de faturas falsas, uma sentença que não será cumprida por eles por ser inferior a dois anos.
Os pais, Tiziano Renzi e Laura Bovoli, também não poderão exercer qualquer cargo diretivo em empresas durante seis meses e terão que desenvolver trabalhos relacionados com a administração pública durante um ano, de acordo com informações da mídia italiana.
Além deles, o empresário Luigi Dagostino foi condenado a dois anos de prisão.
O juiz em primeira instância de Florença, Fabio Gugliotta, proferiu esta sentença e aceitou o pedido do Ministério Público italiano, que solicitava estas sentenças para os pais de Renzi e dois anos e três meses para Dagostino.
Os fatos remontam ao ano de 2015, quando Luigi Dagostino procurou os pais de Renzi pedindo a eles um serviço de consultoria para uma sociedade gestora de um "outlet" em Florença.
Segundo os investigadores, os pais do ex-primeiro-ministro italiano e atual líder e fundador do partido Itália Viva emitiram duas faturas, uma de 20 mil euros e outra de 140 mil euros, por um serviço que nunca prestaram e com o objetivo de sonegar impostos.
Tiziano Renzi reiterou sua inocência nas redes sociais e declarou que sempre fez trabalhos regularmente faturados, algo que "as próximas instâncias judiciais provarão", já que irão apelar da decisão.
No mês de fevereiro, a Justiça italiana ordenou o prisão domiciliar dos pais de Renzi como medida preventiva, decisão que foi tachada pelo ex-premier de "exagerada" e de "obra-prima da mídia".
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