Grupos indígenas invadem parlamento do Equador e pedem saída de Moreno
Centenas de integrantes de grupos indígenas do Equador invadiram nesta terça-feira (8) parte da sede da Assembleia Nacional, em Quito, para pedir a saída do presidente do país, Lenín Moreno, do poder.
Como pôde constatar a Agência EFE no local, os manifestantes retiraram as cercas de proteção instaladas pela Polícia Nacional do Equador e, com cartazes e bandeiras do país, entraram no edifício gritando "fora Moreno".
O parlamento fica perto de uma praça usada como ponto de concentração por 10 mil integrantes de grupos indígenas do país. Amanhã, eles organizarão um grande protesto para exigir a revogação de um pacote econômico anunciado pelo governo na última quinta-feira. Caso contrário, eles querem a renúncia de Moreno.
Depois da invasão, um grupo de líderes do movimento indígena foi até o local onde estavam agentes da Polícia Nacional do Equador. Eles pediram que os manifestantes mantenham a calma e não provoquem inutilmente as forças de segurança.
Apesar da tentativa de diálogo, assim que os grupos indígenas chegaram ao hall do parlamento, os agentes dispararam bombas de gás lacrimogêneo para tentar impedir a invasão. Também foram registrados confrontos e explosões do lado de fora do edifício.
Moreno decretou estado de exceção no país na última quinta-feira para tentar conter os protestos. Ontem, acuado na capital, o presidente transferiu o governo de Quito para a cidade de Guayaquil, no sudoeste do país.
As manifestações começaram quando Moreno anunciou polêmico pacote econômico, parte de um acordo firmado pelo governo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Entre as medidas está o fim do subsídio estatal sobre os combustíveis, decisão que revoltou parte da população e motivou os protestos.
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