Sturgeon defende ser o momento da Escócia decidir sobre sua independência
Edimburgo (Reino Unido), 13 dez (EFE).- A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, afirmou nesta sexta-feira que é a "hora de decidir" sobre a independência do país, onde seu partido venceu as eleições com a promessa de realizar um segundo referendo e impedir a saída da União Europeia (UE).
Sturgeon adiantou que na próxima semana o governo escocês publicará uma proposta detalhada e democrática para solicitar ao governo britânico a convocação de um novo referendo e acrescentou que Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, "não tem o direito de atrapalhar" esta consulta.
Ele prometeu rejeitar qualquer pedido, alegando que o assunto foi resolvido por pelo menos uma geração em 2014, quando 55% rejeitaram a separação.
"A Escócia rejeitou Boris Johnson e os conservadores e, mais uma vez, dissemos 'não' ao Brexit", disse Nicola Sturgeon a jornalistas, em Edimburgo.
O líder nacionalista enfatizou que os 48 lugares conquistados por seu partido (dos 59 reservados para a Escócia) deixam claro que o que os escoceses querem é "diferente do resto do país" e pediu a Johnson, que venceu ontem as eleições gerais, que "comece a ouvir".
"Westminster ignorou as pessoas na Escócia por três anos. Ontem à noite, o povo da Escócia disse que é o suficiente. É hora de Boris Johnson começar a ouvir", disse ele.
Para o líder escocesa, Johnson obteve "um mandato para (executar) o Brexit na Inglaterra", mas não "para tirar a Escócia da União Europeia", onde lembrou que 62% são contra a saída do bloco comunitário.
"Antes de mais nada, agora está claro, sem sombra de dúvida, que a esmagadora maioria das pessoas na Escócia quer permanecer na União Europeia", disse Nicola Sturgeon, acrescentando que foi um resultado revelado no referendo de 2016 e que ontem à noite "foi enfaticamente confirmado" nas pesquisas. EFE
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