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Diretor-geral da OMS e presidente da China debatem luta contra coronavírus

28/01/2020 18h37

Genebra, 28 jan (EFE).- O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, se reuniu nesta terça-feira em Pequim com o presidente chinês, Xi Jinping, para discutir a proteção dos cidadãos da China e de outros países nas áreas afetadas pelo coronavírus inicialmente identificado em Wuhan.

O porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, disse em entrevista coletiva concedida em Genebra que Adhanom, que também realizou reuniões na capital chinesa com o ministro da Saúde, Ma Xiaowei, e o chanceler, Wang Yi, voltará à Suíça nas próximas horas.

Na reunião com Xi foi analisada a possível evacuação de estrangeiros em cidades como Wuhan, algo que começou a ser gerenciado por países como França e Estados Unidos, assim como as medidas a serem tomadas para evitar que tais repatriações contribuam para a propagação do vírus, disse o porta-voz.

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Até agora, segundo dados da OMS, houve 4.428 casos do novo coronavírus na China, com 106 mortes, enquanto outros 45 pacientes tiveram resultados positivos em 13 países.

Lindmeier ressaltou que o rápido aumento dos casos não é necessariamente um motivo para outra reunião de um comitê de emergência na sede da OMS para considerar a declaração de uma emergência internacional, opção que foi provisoriamente destacada na semana passada.

"São necessários três critérios: que seja um evento extraordinário, que constitua um risco de propagação rápida a outros países e que exija uma resposta coordenada internacional", destacou, esclarecendo que apesar da não declaração de um alerta global já existe uma resposta coordenada em nível mundial.

O porta-voz da OMS informou que o perfil médio dos que morreram devido ao coronavírus continua sendo de pessoas com complicações de saúde anteriores, muitas delas idosas, e confirmou que o período de incubação, no qual o coronavírus pode ser transmitido para outras pessoas, é de um a 14 dias.

Entre as recomendações ao público sobre o coronavírus, Lindmeier aconselhou àqueles que apresentarem sintomas como tosse, febre ou dores de cabeça, semelhantes aos de uma gripe, que "se isolem e procurem ajuda médica".

Sobre a possibilidade do vírus poder ser transmitido por contato indireto (por exemplo, um paciente toca em uma superfície e fica contaminado), disse que pode ocorrer se o contato for imediato, mas não após um curto período de tempo.

O porta-voz admitiu que alguns pesquisadores detectaram casos positivos para o coronavírus, nos quais o paciente não apresentou sintomas, motivo de preocupação porque poderia facilitar a propagação.

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