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Ministro diz que contágios na França preocupam, mas que não há nova onda

20/07/2020 14h38

Paris, 20 jul (EFE).- O ministro da Saúde da França, Olivier Véran, afirmou nesta segunda-feira que é preocupante o aumento em diversos indicadores da Covid-19, mas que o país não está vivendo uma nova onda de contágios.

"Ainda estamos muito longe da onda epidêmica, mas constatamos uma dinâmica de circulação do vírus que nos preocupa e que precisa preocupar os franceses para que reajam", comentou o ministro em entrevista à emissora de rádio "France Info".

Véran destacou que embora o número de casos "não tenha um volume enorme", há "uma tendência de alta", com uma taxa de reprodução superior a 1 (ou seja, um infectado contagia mais de uma pessoa por dia) em algumas regiões.

A França amplia a partir de hoje a obrigação de usar máscara em todos os ambientes fechados com acesso público, o que inclui as lojas.

Desde que as medidas de isolamento começaram a ser relaxadas, em 11 de maio, foram identificados 386 focos da doença, e uma centena deles continua sendo monitorada para o rastreio de possíveis novas transmissões. Os locais que mais preocupam pela evolução são a região de Bretanha e os departamentos de Mayenne e Vosges.

Véran não quis falar sobre a possibilidade de fechar as fronteiras com a Espanha, devido à propagação da Covid-19 pela Catalunha, embora o primeiro-ministro francês, Jean Castex, tenha dito no sábado passado que o assunto deveria ser tratado com as autoridades espanholas.

O ministro da Saúde explicou que estão sendo aplicados protocolos nos aeroportos para que os viajantes possam ser submetidos a testes voluntários, mas reconheceu que a capacidade ainda é muito inferior ao número de possíveis utilizadores.

Todos os dias, mais de 20 mil passageiros chegam aos aeroportos franceses apenas de países classificados como "no vermelho" devido à pandemia, como o Brasil, para os quais a liberdade de circulação não foi restaurada. No entanto, pessoas com dupla nacionalidade, por exemplo, podem voltar.

A capacidade teórica dos dispositivos de teste nos aeroportos é de 2.000 por dia. Quem chega dos países "no vermelho" sem um diagnóstico negativo de Covid-19, feito no país de origem nas últimas 72 horas, precisará ser examinado ao desembarcar na França ou fazer uma quarentena de 14 dias.