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Alemanha dará laptop para professores e internet aos alunos devido à Covid-19

14/08/2020 15h04

Berlim, 14 ago (EFE).- O governo da Alemanha, tentando diminuir os efeitos da pandemia do novo coronavírus na educação, planeja garantir que os professores tenham laptops de trabalho e garantir que todos os alunos tenham acesso barato à internet.

Saskia Esken, co-presidente do Partido Social-Democrata (SPD), afirmou nesta sexta-feira aos meios de comunicação local os resultados de um encontro informal ocorrido ontem com a chanceler Angela Merkel, focado na digitalização da educação nos tempos de pandemia.

"Estou muito feliz com os resultados", disse Esken, acrescentando que o que foi discutido nesta reunião, na qual estiveram presentes representantes dos grandes partidos da coligação e também dos estados federados, será implementado "nas próximas semanas e no próximos meses".

Ela explicou que o fechamento das escolas entre março e julho mostrou o "potencial" da educação através dos meios digitais, mas também as "muitas deficiências" na oferta aos colégios e residências particulares, bem como na qualificação do corpo docente.

Segundo os meios de comunicação alemães, todos os professores devem receber um laptop e todos os alunos devem ter acesso a uma ligação à Internet que custa no máximo 10 euros (cerca de R$ 64) por mês.

Além disso, todas as escolas do país devem ter acesso à internet de banda larga. O Ministério dos Transportes e Infraestrutura Digital destinará mais 500 milhões do que o previsto para este fim.

Os participantes do encontro na Chancelaria também concordaram com a necessidade de evitar, tanto quanto possível, o fechamento generalizado de escolas neste novo ano letivo.

As escolas começaram a reabrir na Alemanha, onde o ano letivo já começou em cinco estados federados, enquanto o número de novas infecções diárias marcou uma clara tendência de aumento por duas semanas.

Segundo o Instituto Robert Koch (RKI), nas últimas 24 horas, foram registrados 1.449 novos casos do novo coronavírus na Alemanha, o maior desde 1º de maio. Este é o sexto dia em 10 dias com mais de mil casos. EFE

jpm/phg