Topo

Laura se torna furacão de categoria 4 antes de tocar terra nos EUA

26/08/2020 19h15

Miami, 26 ago (EFE).- O furacão Laura rapidamente subiu para uma categoria mais alta, chegando ao número 4 nesta quarta-feira, com ventos máximos sustentados de 220 quilômetros por hora, antes de tocar terra na costa do Texas e da Louisiana, o que o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) prevê que aconteça na noite de hoje.

Às 14h (local, 15h de Brasília), o olho de Laura estava localizado 320 quilômetros ao sul-sudeste de Lake Charles, na Louisiana, e a mesma distância ao sul-sudeste de Port Arthur, no Texas, de acordo com o NHC.

"Laura se tornou um furacão de categoria 4 extremamente perigoso, com tempestades catastróficas, ventos extremos e inundações repentinas na costa noroeste do Golfo (do México) esta noite", advertiu o observatório. "Resta pouco tempo para proteger a vida e a propriedade", acrescenta o boletim.

O furacão está se deslocando para noroeste e através do Golfo do México a 26 km/h. Espera-se uma volta gradual norte-noroeste e norte ao longo do dia.

No gráfico de previsão, Laura se aproximará da região do Alto Texas e da costa sudoeste da Louisiana, onde poderá tocar terra na noite de hoje e depois se deslocar para o interior. Espera-se que o centro do furacão se mude para o noroeste da Louisiana amanhã, percorra o Arkansas na noite desta quinta e depois atinja o Vale do Mississippi na sexta-feira.

Relatórios de um avião caça-furacões da Força Aérea dos Estados Unidos indicam que os ventos máximos sustentados aumentaram para cerca de 220 km/h, com rajadas mais fortes. Entretanto, espera-se que a força permaneça até o toque a terra, e a partir de então deverá haver um rápido enfraquecimento, segundo o NHC.

Os especialistas estão comparando Laura com Harvey, um furacão de categoria 4 que causou inundações catastróficas e produziu US$ 125 bilhões em prejuízos no Texas e na Louisiana nessa mesma época do ano em 2017.

Laura é o primeiro grande furacão, de categoria 3 ou superior, nesta temporada no Atlântico. A previsão era mesmo a de bastantes atividades, com até 25 tempestades nomeadas, das quais 13 já se formaram. Dessas tempestades, até 11 poderiam virar furacões, e quatro já o fizeram: Hanna, Isaias, Marco e Laura.