Topo

Holanda vai intensificar medidas contra Covid-19 após aumento de casos

18/09/2020 13h42

Haia, 18 set (EFE).- O governo da Holanda se reunirá nesta sexta-feira com as autoridades locais e de saúde, antes de anunciar um reforço das medidas para travar a propagação do novo coronavírus, entre as quais estão previstas restrições regionais de horário e capacidade da indústria hoteleira e mais atividades remotas.

A principal medida afetará o setor de hotelaria em seis regiões do oeste da Holanda, incluindo a Holanda do Norte e Holanda do Sul, significando que os bares terão que começar a reduzir as luzes, desligar a música e impedir o acesso de novos clientes depois da meia-noite, com o objetivo de esvaziar as instalações uma hora depois.

O número máximo de pessoas que podem estar dentro das instalações passará dos atuais 100 para um máximo de 50 clientes ao mesmo tempo.

As medidas adicionais serão aplicadas principalmente em Amsterdã, Roterdã, Rijnmond, Haia, Utrecht, Haarlem e Leiden e arredores. As outras 19 regiões holandesas continuam em alerta porque, neste momento, a situação não é considerada "grave" em nenhuma delas, o degrau mais alto na chamada "regra de escalada".

A Koninklijke Horeca Nederland (KHN), representante da indústria hoteleira, considerou "desproporcional" a medida que vai exigir esse fechamento antecipado e chamou de "política de puro simbolismo", pois "há apenas 113 infecções na indústria, que recebe 1,5 milhão de clientes semanais", disse seu diretor, Dirk Beljaarts, à emissora de TV holandesa "NOS".

Por outro lado, a partir da próxima segunda-feira, professores e profissionais da saúde terão prioridade para se submeter a testes de PCR para detecção do vírus, medida que visa parar a enorme saturação dos laboratórios.

O ministro da Saúde holandês, Hugo de Jonge, reconheceu ontem no Parlamento que a situação "realmente não vai na direção certa" em termos de infecções, após a detecção de 1.756 novos positivos nas últimas 24 horas, um novo recorde registrado pelo terceiro dia consecutivo. EFE

ir/phg