Portugal fecha colégios após novo recorde de 221 vítimas em 24 horas
De acordo com o balanço mais recente divulgado pela Direção Geral de Saúde, o país, com cerca de 10 milhões de habitantes, está no quarto dia seguido de recordes de mortes por covid-19: 167 na segunda-feira, 218 na terça-feira, 219 na quarta-feira e 221 nesta quinta-feira.
Os contágios do coronavírus Sars-CoV-2, causador da doença, também voltaram a disparar, e agora estão pouco abaixo do pico de 14.647 registrado na véspera.
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Desde o início da pandemia, Portugal acumula 9.686 mortes entre 595.149 casos de covid-19 registrados, dos quais 151.226 estão ativos.
O primeiro-ministro, que hoje concedeu entrevista coletiva, explicou que o aumento veloz do contágio do novo coronavírus e seus desdobramentos, está sendo provocado pela presença da variante britânica no patógeno.
"Na semana passada, tínhamos uma prevalência de 8%, nesta, de 20%. Os estudos indicam que pode chegar a 60%", afirmou Costa.
"Apesar de todo o esforço extraordinário que as escolas fizeram para se preparar, diante desta nova cepa e da velocidade de transmissão, o princípio de precaução nos obriga a interromper todas as atividades letivas durante os próximos 15 dias", completou.
As duas semanas em questão serão compensadas, segundo garantiu o premiê português, já que se trata de uma suspensão das aulas, sem que haja acionamento do ensino à distância.
Costa garantiu, no entanto, que será mantida a ajuda para a alimentação recebida pelos alunos que se alimentam nas instituições educacionais do país.
A medida foi determinada seis meses depois do início do confinamento no país e 24 após da entrada em vigor de mais 14 medidas de ajustes, para melhorar o cumprimento do isolamento social obrigatório.
O principal objetivo do governo é evitar o colapso dos hospitais portugueses, que têm 5.630 internados com sintomas da Covid-19, sendo que 702 destes pacientes estão em UTIs, recorde no país desde o início da pandemia da Covid-19.
Nesta semana, foram reabertos os hospitais de campanha montados no território luso, enquanto os médicos fazem pressão para que se restrinja ainda mais a mobilidade urbana em Portugal.