Acnur celebra programa de inserção de refugiados venezuelanos no Brasil
O programa transfere venezuelanos que estão no estado de Roraima, na fronteira com a Venezuela e habitual ponto de recepção desta população deslocada, para outras cidades do Brasil.
Uma pesquisa realizada pela Acnur mostra que 77% das famílias realocadas por meio desse programa encontram trabalho em suas novas cidades de destino poucas semanas após a chegada, enquanto esse número é de apenas 7% entre as que permanecem em Roraima.
Além disso, a pesquisa revela uma melhoria considerável na qualidade de vida destes refugiados: por exemplo, 60% viviam em abrigos temporários em Roraima, enquanto nos novos destinos, esta percentagem cai para 5% e a maioria vive em habitações alugadas.
O programa de realocação faz parte da "Operação Acolhida", plano desenvolvido pelo governo federal para responder à chegada de migrantes e refugiados ao Brasil nos últimos anos, reduzindo a pressão sobre as comunidades fronteiriças e melhorando a integração.
A Operação Acolhida conta com o apoio de 48 organizações da sociedade civil brasileira, da Acnur e da Organização Internacional para as Migrações (OIM).
"O Brasil tem atuado com grande determinação na busca de soluções a longo prazo para os migrantes e refugiados venezuelanos, apesar dos desafios colocados pela pandemia da Covid-19", disse o representante da Acnur no Brasil, José Egas.
Apesar da pandemia, a taxa de transferência de migrantes e refugiados venezuelanos têm se mantido em torno de mil por mês, através de voos para os quais são aplicados os testes para Covid-19 e outras medidas de segurança sanitária para evitar o contágio.
Cerca de 47% dos venezuelanos deslocados são mulheres e 37% são menores de idade.
Aproximadamente 260 mil dos 5,6 milhões de migrantes e refugiados que fugiram da crise econômica e política da Venezuela escolheram o Brasil como destino, de acordo com estatísticas do governo federal.
Outros países da América do Sul, como Colômbia, Chile, Peru, Equador e Argentina, também receberam fluxos significativos de refugiados e migrantes venezuelanos nos últimos anos. EFE
abc/phg
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