Chile altera toque de recolher visando eleição de membros de Constituinte
"Nestas eleições há um duplo compromisso: primeiro, que sejam transparentes, participativas e democráticas. Segundo, que sejam pacíficas e seguras", disse o presidente do país, Sebastián Piñera.
No sábado e no domingo, o Chile vai eleger os 155 responsáveis por redigir uma nova constituição, além de prefeitos, conselheiros e governadores regionais.
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A votação, que juntamente com o referendo constitucional de outubro do ano passado é considerada uma das mais importantes em três décadas de democracia, foi inicialmente marcada para abril, mas acabou adiada devido a uma grave segunda onda da pandemia de covid-19.
Segundo Piñera, as condições de saúde neste fim de semana serão "muito melhores" do que em abril, o que se traduz em "menos contágios, menos hospitalizações, menos mortes e mais pessoas vacinadas".
As eleições, que foram divididas em dois dias para evitar a propagação do vírus, terão um horário recomendado para mulheres grávidas e idosos (à tarde). Também serão distribuídos kits com materiais de proteção para os funcionários das seções eleitorais e o público em geral, acrescentou o político.
Para incentivar a participação, o início do toque de recolher no domingo passará das 21h para as 2h de segunda-feira, e viagens para outras regiões do país serão permitidas 48 horas antes e depois da votação.
Por maioria esmagadora, os chilenos aprovaram em outubro de 2020 a elaboração de uma nova carta magna como forma política de lidar com a grave onda de protestos sociais que começou em outubro de 2019.
O processo constitucional vai durar até 2022, com a realização de outro referendo. Se a nova constituição for aprovada, o Chile se tornará o primeiro país com uma carta magna escrita de forma paritária.
Quanto às eleições municipais, serão eleitos os vereadores e conselheiros municipais de 346 comunas (divisão territorial), além dos governadores das 16 regiões do país.