Em dia contra preconceito, Buenos Aires iça bandeira do arco-íris no Obelisco
A jornada começou com um grupo reduzido de funcionários da prefeitura - para evitar aglomerações por causa da pandemia - junto a representantes do espaço Rede Diversa - que reúne membros do governo, representantes da sociedade civil e da comunidade LGBT - que hastearam a bandeira do orgulho gay no mastro perto do Obelisco de Buenos Aires.
Outra bandeira do arco-íris foi colocada sobre o jardim vertical com as formas das letras BA, iniciais da capital, na mesma praça.
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No dia 17 de maio de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista de doenças mentais. Desde 2008, através de uma lei, a cidade de Buenos Aires instituiu o Dia da Luta Contra a Discriminação por Orientação Sexual e Identidade de Gênero. Todos os anos são realizadas atividades e campanhas contra a discriminação.
Neste ano, a capital argentina celebrou o dia com o tema "Esporte e Diversidade" através do canal do YouTube da Subsecretaria de Direitos Humanos de Buenos Aires.
"As condutas desenvolvidas no ambiente esportivo têm o poder de extrapolar para diferentes ambientes interpessoais", disse a diretora-geral de Convivência na Diversidade, Natasha Steinberg.
"A desbinarização e incorporação de uma perspectiva de identidade de gênero e orientação sexual no esporte e na educação física é de importância fundamental na mudança cultural, despatologização e ampliação dos direitos LGBTIQ+", acrescentou.
O governo argentino, através do Ministério das Relações Exteriores, também expressou apoio à campanha.
"No Dia Internacional contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia, foi publicada no Diário Oficial a Resolução 82/2021 para tornar o Ministério das Relações Exteriores um espaço mais justo, diversificado e igualitário com o compromisso de não deixar ninguém para trás", anunciou a pasta.
A norma promove a capacitação em diversas áreas do Ministério da Relações Exteriores e a cooperação e coordenação com organizações nacionais e internacionais para a proteção das pessoas LGBT.
Em publicação no Facebook nesta segunda-feira, a Federação Argentina LGBT militou por mais políticas públicas no país.
"Igualdade real de direitos. Educação sexual integral em todas as instituições de ensino. Lei Integral Trans, já!", publicou a entidade.
A Argentina aprovou as leis de Identidade de Gênero e Casamento Igual, mas o movimento busca garantir a inclusão social e a igualdade de direitos em qualquer uma das áreas da vida civil.