Duque ordena "máxima mobilização" militar para conter violência em Cali
"A partir desta noite começa o envio máximo de assistência militar à Polícia Nacional na cidade de Cali e no departamento de Valle", disse Duque, que foi à capital regional para realizar um conselho de forças de segurança.
De acordo com ele, estarão à frente da operação "oficiais da mais alta experiência".
Por meio dessa assistência militar, os soldados ficarão destacados em várias cidades do país até que os distúrbios, que começaram exatamente há um mês, terminem.
Hoje, em Cali, houve três mortes no bairro La Luna, na região central da cidade, após um civil armado, membro do Ministério Público, atirar em direção a manifestantes, matando dois. Ele depois foi linchado até a morte.
Também houve confronto no bairro Ciudad Jardín, onde várias pessoas vestidas como civis abriram fogo contra manifestantes e jornalistas claramente identificados.
ALCANCE DA MOBILIZAÇÃO MILITAR.
Duque explicou que a mobilização triplicará a capacidade militar "em menos de 24 horas em todo o departamento", o que também garantirá "assistência em pontos-chave onde temos visto atos de vandalismo, violência e terrorismo urbano de baixa intensidade".
O objetivo é buscar a "proteção dos corredores do departamento" com o desbloqueio das estradas como "princípio" e "medida para proteger os direitos de todos os cidadãos".
"Há mais de 7 mil homens (entre policiais e soldados) destacados para esse trabalho", acrescentou.
Duque também ressaltou que "o país sempre manteve canais para que haja deliberação e acordo sobre as necessidades dos cidadãos", mas "não negociando a Constituição ou os direitos dos cidadãos".
SEXTA "GREVE NACIONAL".
Milhares de pessoas retornaram nesta sexta-feira às ruas de cidades como Bogotá, Medellín, Bucaramanga e Cartagena, onde os protestos continuam, embora com menos intensidade.
Entretanto, além de Cali, também houve atos de violência na cidade de Madrid, vizinha de Bogotá, onde manifestantes enfrentaram durante horas o Esquadrão Móvel Antidistúrbios da polícia (Esmad).
"Pedi com força ao comandante do departamento de polícia e ao comandante do Esmad que deixassem nossa cidade. Não queremos mais vítimas em nossa cidade, queremos que Madrid seja um território de paz e estamos nestes confrontos há muito tempo", afirmou o prefeito Andres Tovar.
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