Sánchez encerra viagem à Argentina com homenagem a espanhóis desaparecidos
Sánchez, que se encontrou com o presidente argentino, Alberto Fernández, na Casa Rosada, se despediu após a conversa dos dois com a imprensa e se deslocou para a antiga Escola de Mecânica da Marinha (Esma).
As instalações da Esma foram um dos maiores centros de detenção clandestinos do país vizinho e se tornaram no período democrático um espaço para a memória e defesa dos direitos humanos. Ao chegar ao local, o chefe de governo espanhol foi recebido pelo Secretário de Direitos Humanos do governo argentino, Horacio Pietragalla, filho de uma pessoa que desapareceu durante a ditadura.
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Sánchez percorreu com ele as diversas salas do espaço, por onde passaram 5 mil desaparecidos, a maioria deles jogados vivos no mar nos chamados "voos da morte". O museu abriga uma exposição baseada em testemunhos de vítimas e documentos históricos.
Da Esma, o presidente do governo foi à embaixada para realizar uma reunião com representantes da comunidade espanhola na Argentina, a maior no exterior, que totaliza quase 500 mil pessoas.
Devido à pandemia do coronavírus, que continua registrando números muito altos de contágio na Argentina, não houve a recepção habitual nesse tipo de viagem para um grande número de residentes e foi limitada aos responsáveis pelas diversas associações que os reúnem.
Na sede da embaixada, Sánchez prestou homenagem aos espanhóis que desapareceram durante a ditadura argentina. Ele colocou um ramo de flores em frente ao monumento que abriga a delegação diplomática em sua memória.
Diante dos representantes da comunidade e acompanhado pelo embaixador na Argentina, Javier Sandomingo Núñez, Sánchez reiterou o "firme compromisso" de modificar o chamado "voto rogado" para facilitar a participação nos processos eleitorais na Espanha.
Após o ato na embaixada, o presidente do governo foi para o aeroporto de Ezeiza para se deslocar para a Costa Rica, a segunda etapa de uma viagem pela América Latina.
Em San José, Sánchez participará de uma cúpula entre a Espanha e o Sistema de Integração Centro-Americana, participará de um fórum promovido pelo governo espanhol para tratar do problema da migração na região e realizará vários eventos bilaterais.