Presidente mexicano defende fim do bloqueio econômico a Cuba
"Consideramos que não deve haver bloqueio", disse o presidente em sua entrevista coletiva matinal no Palácio Nacional.
Ele chamou de "interessante" que nas Nações Unidas a "grande maioria" dos países votem contra o bloqueio, mas que haja nações que "pesam" e vetam o fim do bloqueio.
"Aqueles que se opõem à retirada do bloqueio devem refletir sobre isso. Porque ninguém deve ficar isolado. Ninguém deve ser cercado. Deve haver plena liberdade e não se deve agir dessa forma. Eu diria que é uma violação dos direitos humanos", afirmou.
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, também pediu ontem o fim dos bloqueios econômicos que "oprimem" Cuba.
AJUDA HUMANITÁRIA
"Se não há preconceitos políticos, intervencionista, para ajudar Cuba. Também, se o exigirem, (para) respeitar o governo cubano constituído", disse López Obrador.
Ele disse que "todos temos a obrigação de ajudar o povo cubano", especialmente se estiver sofrendo com a escassez de alimentos e no setor da saúde, frisou.
"Não queremos ter protagonismo em nada. Só agimos quando for necessário e para ajudar, buscando sempre o diálogo e o não-confronto", acrescentou o presidente.
Enquanto o ministro das Relações Exteriores, Marcelo Ebrard, disse que em nome da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) - da qual o México detém atualmente a presidência - já conversou ontem com o chanceler cubano, Bruno Rodríguez.
O governo dos Estados Unidos negou ontem que esteja por trás dos protestos antigovernamentais sem precedentes em Cuba, como afirmam as autoridades da ilha.
Sobre o possível envolvimento americano, López Obrador disse não ter "informações", mas ficou surpreso com o fato de a ONG Artigo 19, que luta pela liberdade de expressão e recebe apoio de agências dos EUA, ter se manifestado no domingo sobre a situação em Cuba.
Milhares de cubanos saíram às ruas ontem em várias cidades do país para protestar contra o governo gritando "liberdade!", em um dia sem precedentes que resultou em centenas de prisões e confrontos após o presidente Miguel Díaz-Canel ordenar a presença de seus apoiadores nas ruas para confrontar os manifestantes.
Este é o maior protesto contra governamental registrado em Cuba desde o chamado "Maleconazo", quando, em agosto de 1994, em plena crise econômica do chamado "Período Especial", centenas de pessoas saíram às ruas de Havana.
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