Guaidó diz que ativos venezuelanos no exterior estão protegidos por aliados
"Hoje, para usar os recursos venezuelanos, sabe, existe um controle adicional, que é a proteção dos aliados e por isso estamos falando das licenças OFAC. O que estamos falando é como podemos melhorar esse processo. Estamos procurando números para proteger e isso está sendo discutido", disse Guaidó em entrevista coletiva.
O opositor se referiu à empresa de fertilizantes e químicos Monómeros, instalada em Barranquilla (Colômbia), e à decisão do governo colombiano de sujeitá-la à "vigilância máxima".
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A este respeito, assegurou que a empresa deve ser administrada de acordo com os interesses da Venezuela e disse que havia solicitado uma auditoria externa à companhia, cujo conselho de administração - segundo ele - "deveria ser reestruturado".
"A Monómeros é e será dos venezuelanos", destacou Guaidó sobre esta subsidiária da estatal Petroquímica de Venezuela S.A. (Pequiven).
Guaidó acrescentou que a medida de controle imposta a esta empresa visa "proteger este ativo".
Por outro lado, explicou que as expectativas em relação às negociações que estão ocorrendo no México entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição venezuelana são para conseguir justiça, reparações para as vítimas e que haja paz no país.
"Temos uma esperança cautelosa. Ou seja, sabemos o que estamos enfrentando, entendemos que é uma ditadura e entendemos como eles usaram esse processo no passado, por isso vamos com precisão, com objetivos claros, buscando integrar todo o mundo, mas também com esperança de uma solução", disse Guaidó.
O opositor também se referiu à instalação da mesa nacional de assistência social que foi acordada nas negociações e que substituirá a mesa técnica de vacinação na Venezuela, e disse que espera que as obras comecem "o mais rápido possível".
Sobre as sanções internacionais que pesam contra o Estado venezuelano, Juan Guaidó afirmou: "Estamos dispostos a suspender gradativamente as sanções porque queremos uma solução".