Mais de 1 mil construções foram afetadas por vulcão na Espanha
O diretor técnico do Plano de Prevenção de Riscos Vulcânicos das Ilhas Canárias (Pevolca), Miguel Ángel Morcuende, declarou que a erupção deixou 28,3 quilômetros de estrada inutilizáveis. Entre as mais de 5,5 mil que tiveram de deixar a região, 201 estão hospedadas em um hotel enquanto as outras foram recebidas por amigos ou parentes.
O fluxo de lava que surgiu ontem dos dois novos surtos a cerca de 600 metros do cone principal atingiu o primeiro que formou a erupção vulcânica hoje.
A chefe da Vigilância Vulcânica do Instituto Geográfico Nacional da Espanha, Carmen López, detalhou que o cone principal mantém vários pontos ativos, sem descartar o aparecimento de outros. A erupção fissural continua mostrando um padrão estromboliano, com fases explosivas e efusivas simultâneas.
A fissura criada pela lava que atingiu o mar está a mais de 475 metros da costa, com uma profundidade de 30 metros e uma superfície de 27,7 hectares.
Segundo a especialista, a emissão gasosa devido ao contraste térmico entre a lava e o mar é composta de vapor de água e ácido clorídrico, e afeta apenas a zona de contato, embora ela tenha advertido que as populações próximas devem ser informadas sobre as mudanças do vento.
Em relação à nuvem de cinza e dióxido de enxofre, a técnica reconheceu que as condições meteorológicas são desfavoráveis para a qualidade do ar, e a chegada da poeira do Saara do continente africano complica a situação ao se misturar com as partículas da erupção. Entretanto, as medições mostram uma melhora nos valores atmosféricos em várias partes da ilha.
Já Morcuende informou que toda a população nessa situação foi aconselhada a deixar a ilha após um agravamento da qualidade do ar na noite passada, o que pode se repetir.
PARTÍCULAS CHEGAM A PORTUGAL.
Partículas do material expelido pelo vulcão chegaram ao arquipélago atlântico dos Açores e causaram uma redução na visibilidade, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
La Palma e Ponta Delgada, a capital dos Açores, estão a mais de 1,2 mil quilômetros de distância, mas o vento transportou partículas da erupção do vulcão, que chegaram às ilhas portuguesas sob a forma de aerossol sulfato, segundo a agência portuguesa.
Esses "aerossóis" contribuem para a dispersão da luz e causam uma redução significativa" na visibilidade, ainda segundo o IPMA, especialmente em áreas abaixo de 800 metros de altitude.
Além disso, a alta umidade contribui para o aumento do tamanho das partículas, o que resultou nas últimas horas em uma forte névoa. EFE
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