Argentina inaugura memorial em homenagem a vítimas de naufrágio de submarino
Localizado em frente à Base Naval de Mar del Plata, à qual o submarino estava vinculado, este espaço de lembrança foi promovido por Guillermo Tibaldi, ex-comandante do ARA San Juan entre 2004 e 2005.
O memorial contém uma escultura de seis metros de comprimento e uma tonelada representando o submarino, além de uma placa de mármore com os nomes dos 44 marinheiros que morreram no naufrágio e o lema "Em patrulha eterna".
Relacionadas
O espaço também inclui uma "cápsula do tempo", um espaço hermético com mensagens de afeto gravadas pela família e amigos dos membros da tripulação, que permanecerá lacrada até 25 de outubro de 2067, o 50º aniversário da última vez que o submarino zarpou da base de Mar del Plata.
Sobre o mastro de três metros de altura colocado no local foi colocado um periscópio que aponta simbolicamente para a área onde o casco da embarcação foi encontrado a mais de 900 metros de profundidade.
O ARA San Juan, construído na Alemanha e integrado à Marinha argentina em 1985, deixou o porto de Ushuaia em 13 de novembro de 2017, onde sua tripulação tinha participado de manobras militares, para retornar à base em Mar del Plata.
Em sua última comunicação, na madrugada de 15 de novembro e a partir de uma área a 430 quilômetros do ponto mais próximo da costa, o comandante relatou que um incêndio havia começado em um compartimento de baterias devido à entrada de água a bordo, um problema que a Marinha posteriormente alegou ter sido resolvido e dito que o submarino pôde continuar a viagem.
Após um ano de buscas e diversos protestos de parentes por falta de progresso nas investigações, a empresa americana Ocean Infinity anunciou ter encontrado o submarino na madrugada de 16 para 17 de novembro de 2018 - apenas um dia após o primeiro aniversário do desaparecimento - no fundo do mar, a 500 quilômetros da costa. EFE