Colômbia abre cúpula do Prosul com discurso em defesa das liberdades
Duque descreveu como ameaças os "discursos expropriadores e promotores de ódio que buscam minar a solidez da democracia" nos países das Américas e confrontar "pobres e ricos ou empregadores e trabalhadores".
"As democracias no mundo e na América estão ameaçadas e para defender as democracias, a defesa das liberdades individuais e econômicas é urgente", declarou, lembrando que o Prosul foi criado em 2019 por iniciativa da Colômbia e do Chile com o objetivo de promover a integração na América do Sul, substituindo a União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
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O Prosul é um espaço de diálogo e cooperação para uma integração mais efetiva, do qual fazem parte Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai e Peru.
"Aqui se respeita a diversidade de pensamento, aqui se respeita o direito dos povos de eleger seus governantes, aqui se respeitam as diretrizes e os programas com os quais os governos são eleitos", acrescentou o presidente colombiano.
A Colômbia realizará eleições presidenciais no próximo mês de maio e todas as pesquisas de intenção de voto apontam o senador de esquerda Gustavo Petro como favorito, após ter sido derrotado por Duque no segundo turno de 2018.
Em seu discurso, o atual presidente também reiterou suas acusações sobre a presença de grupos armados ilegais operando a partir da Venezuela, aos quais seu governo atribui muitos dos recentes ataques de guerrilha na Colômbia.
Duque, que fez um balanço dos avanços na integração entre os países que integram o Prosul enquanto a Colômbia teve a presidência rotativa, destacou as ações para enfrentar a migração de venezuelanos, a necessidade de produção de vacinas na região e as medidas para conter a inflação.
Além de Duque, a cúpula do Prosul em Cartagena conta com a presença dos presidentes do Chile, Sebastián Piñera, e do Equador, Guillermo Lasso, e do primeiro-ministro da Guiana, Mark Philipps. O Brasil está representado pelo vice-presidente Hamilton Mourão.
Mario Abdo Benítez, presidente do Paraguai, país que recebeu a presidência temporária nesta cúpula, está participando virtualmente, uma vez que não pôde viajar a Cartagena porque testou positivo para a covid-19.
Participam também os ministros das Relações Exteriores do Peru, Oscar Maúrtua, e do Suriname, Albert Ramdin, bem como a embaixadora do Paraguai na Colômbia, Sophia López Garelli. EFE