Palco para Grande Otelo e Ruth de Souza: o teatro que celebra a arte negra

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Milton Gonçalves compôs o primeiro elenco de atores da TV Globo e fez mais de 40 novelas antes de morrer aos 88 anos, em maio deste ano. Ruth de Souza é considerada a primeira-dama negra do teatro, do cinema e da televisão brasileira. Falecida em 2019, ela completaria 101 anos neste ano e recebeu diversas homenagens. Os dois consagrados atores têm em comum a atuação no TEN (Teatro Experimental do Negro), que completa 78 anos neste 13 de outubro.

O ator, diretor e deputado federal Abdias do Nascimento, um "negro desaforado", como o próprio já chegou a se descrever, foi o fundador do grupo, que tinha o objetivo de criar estratégias de enfrentamento ao racismo no Brasil e criar obras que debatessem a representatividade negra nas artes cênicas.

Um ano após sua criação, por exemplo, o grupo foi o responsável por apresentar a primeira montagem do Teatro Municipal do Rio de Janeiro interpretada por atores negros, e que não foi uma comédia ou retrato folclórico. Não à toa, já passaram ou se relacionaram com o grupo nomes como Grande Otelo, Léa Garcia, Aguinaldo Camargo e Ataúlfo Alves.

Para além dos palcos, o TEN promoveu cursos de alfabetização e cidadania; fundou o jornal "Quilombo", realizou a Conferência Nacional do Negro (1949) e o 1º Congresso do Negro Brasileiro (1950), além de ter criado o Museu de Arte Negra, cujo acervo é guardado atualmente pelo Ipeafro (Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros).

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FÉ... Nossa Senhora Aparecida é uma das principais santas católicas e tem o título de padroeira do Brasil. Na semana dedicada a ela, Ecoa explica por que sua imagem representativa é a de uma mulher negra.

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CANTOR... Se estivesse vivo, o músico João do Vale completaria 88 anos. Natural do Maranhão, Vale é dono de grandes composições do baião, como "Caracará", com João Cândido, e o "Canto da Ema", com Aires Viana e Alventino Cavalcante.

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DANDO A LETRA

Não satisfeito com o alto nível de instrumentalização da religião em sua campanha, Bolsonaro foi à Basílica no dia da padroeira do Brasil pedir votos e participar da mobilização de eleitores"
Chico Alves, colunista do UOL

Em Notícias, Chico Alves conta sobre o que chamou de apropriação política do presidente Jair Bolsonaro (PL), que participou da festa de Nossa Senhora Aparecida, neste 12 de outubro, no interior de São Paulo. O colunista André Santana também repercute a visita e diz que "com tumulto em santuário, bolsonarismo repete 'chute' na fé católica".

Em Presença Histórica, Patrícia Alves Melo conta as histórias escondidas no cortejo de Círio de Nazaré. Segundo a estudiosa, a Disputa pelo Círio expulsou negros que ajudaram a erguer a festa.

Ser mulher é um desafio cheio de ambiguidades, incertezas e complexidades. Ser mulher adolescente estabelece outra problemática. Mas ser menina, sobretudo, para nós que vivemos em um país que já esteve no ranking dos piores para as mulheres, é algo impossível de adjetivar"
Clarice Tatyer, jornalista

Em Universa, Cris Guterres abre espaço da sua coluna para a repórter Clarice Tatyer, que discute o machismo na infância e questiona: menina é bom porque ajuda em casa? "Nossas filhas têm direito de ser criança", afirma.

Em Esporte, Rodolfo Rodrigues avalia a partida da final da Copa do Brasil entre Corinthians e Flamengo.

Em VivaBem, Larissa Cassiano conta uma curiosidade pouco conhecida: sêmen pode causar alergias.

Em Ecoa, Eduardo Carvalho pega carona no Dia das Crianças e relaciona o desamparo infantil com as eleições e o futuro do país.

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PEGA A VISÃO

Como mulher, nordestina, preta e bissexual, é importante, neste momento do Brasil, estar no horário nobre falando para milhares de pessoas e outras mulheres brasileiras"
Lucy Alves, atriz

Após ser finalista do "The Voice Brasil" em 2013, Lucy Alves ocupará as telinhas outra vez, mas agora, como protagonista de "Travessia", a nova novela do horário nobre da TV Globo. A Splash, Lucy fala sobre representatividade e a importância de ser espelho para outras pessoas.

PLURAL

No episódio #100 de Papo Preto, Stela Diogo conversa com Marise Urbano e Gabriel Muniz, representantes do coletivo Cinema Negro Sonoro, que atua em diversas áreas do audiovisual buscando produzir narrativas afrocentradas.