Governo anuncia corte de R$ 25,9 bi nas despesas para cumprir arcabouço

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* Governo promete cortar no Orçamento e pode tomar medidas também neste ano. O anúncio foi feito pela equipe econômica após reunião com Lula para discutir o reequilíbrio das contas públicas. O governo, que vem sofrendo pressão do mercado e do Congresso para apresentar alternativas para diminuir as despesas, disse que a economia virá de um pente-fino nos benefícios sociais. Sem dar muitos detalhes, os ministros Fernando Haddad e Simone Tebet explicaram que uma proposta de bloqueio ou contingenciamento será apresentada no relatório de despesas no próximo dia 22 de julho. Haddad disse ainda que "algumas medidas podem ser antecipadas para este ano". Para o ano que vem, já está proposto um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias de ministérios. Saiba mais.

* Dólar tem forte queda após falas de Lula e Haddad sobre contas públicas. A moeda americana voltou aos R$ 5,568 depois de uma sequência de altas, uma baixa de 1,72%. Lula se reuniu de manhã com Fernando Haddad, no Palácio da Alvorada, e à tarde se encontrou com ministros da área econômica para debater medidas de corte de gastos. O presidente afirmou que responsabilidade fiscal é compromisso, não palavra. Fernando Haddad também acalmou o mercado quando declarou que a diretoria do Banco Central tem autonomia para atuar no câmbio e anunciou ainda que pretende concluir as negociações das dívidas com os estados até o fim de julho. Leia a análise.

* Reino Unido vai às urnas com Partido Conservador em declínio. O líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, é o favorito para acabar com 14 anos de domínio do Partido Conservador nas eleições gerais que ocorrem hoje. O partido prevê a conquista de até 350 das 650 cadeiras da Câmara dos Comuns, o que lhes daria uma margem confortável para indicar o próximo primeiro-ministro e governar. Grandes doadores conservadores migraram para os trabalhistas, que também receberam o apoio de artistas e celebridades, como o músico Elton John. O partido ultradireitista Reform UK, com uma agenda radical anti-imigração, deve aumentar a sua presença no parlamento, pois tem crescido nas pesquisas, chegando a 16,1% das intenções de voto. Saiba mais sobre as eleições.

* Lula anuncia Plano Safra recorde de R$ 400,5 bilhões para o agronegócio. O anúncio foi feito em uma cerimônia com parlamentares e empresários em um movimento para tentar se aproximar do setor, que é uma das principais bases eleitorais de Bolsonaro. O valor deste ano é maior do que o do primeiro ano deste governo, quando foram destinados R$ 364 bilhões para o financiamento da atividade agropecuária de médio e grandes agricultores. O Plano Safra é uma das principais apostas do governo Lula para se reaproximar do agronegócio e ele é anunciado em um momento delicado, em que o setor reagiu mal à iniciativa do governo de importar arroz para evitar a alta do preço por conta das enchentes do Rio Grande do Sul. Diante de indícios de irregularidades no processo, o governo cancelou o leilão. Saiba mais sobre o plano.

* Joe Biden diz que não vai desistir da corrida à Casa Branca. Mesmo diante de pressões dentro do próprio Partido Democrata, Biden disse em um telefonema com funcionários de sua campanha que ninguém vai "empurrá-lo para fora" e que estará "na corrida até o fim". No mesmo telefonema, a vice-presidente Kamala Harris, que é a principal aposta para assumir a candidatura democrata, reiterou seu apoio ao presidente. Biden vai reunir governadores de seu partido em Washington para convencê-los de que ele está apto a seguir na disputa, depois de ter demonstrado fragilidade no debate com Donald Trump. Duas pesquisas nacionais divulgadas ontem sugerem que as suas chances de reeleição se deterioraram após o embate com Trump. Leia mais.