Cuba diz que prisioneiro dos EUA em greve de fome recebe tratamento digno
Um prestador de serviços dos Estados Unidos que iniciou uma greve de fome enquanto cumpre uma longa pena de prisão em Cuba está recebendo "tratamento digno e decente" em uma enfermaria do hospital, e sua saúde está estável, informou um funcionário cubano nesta quarta-feira.
O governo comunista de Cuba disse estar preocupado com uma declaração do advogado de Alan Gross na terça-feira, segundo a qual seu cliente tinha começado uma greve de fome na semana passada para protestar contra o tratamento dado a ele pelos governos de Cuba e dos Estados Unidos.
Gross, de 64 anos, está cumprindo uma pena de 15 anos de prisão por tentar iniciar um serviço ilegal de Internet para os judeus cubanos enquanto trabalhava como subcontratado para a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid).
Cuba definiu o serviço como "um programa subversivo financiado pelo governo dos Estados Unidos", que usou tecnologia ilegal, secreta e não comercial.
"O sr. Gross recebe tratamento digno e decente", afirmou em um comunicado Josefina Vidal, a encarregada dos Assuntos dos EUA no Ministério das Relações Exteriores de Cuba. "Desde sua detenção ele é mantido em um hospital, não por sua saúde requerer esse cuidado, mas porque lá ele pode ter garantido atendimento especializado por uma equipe médica e de saúde altamente qualificada."
No entanto, o advogado de Gross, Scott Gilbert, disse que ele estava confinado a uma cela pequena, sempre iluminada, com outros dois presos durante 23 horas por dia, e que perdeu 4,5 quilos desde o início da greve de fome em 3 de abril, além dos 45 quilos que perdera ao longo dos últimos quatro anos de prisão.
As relações EUA-Cuba, marcadas por mais de meio século de hostilidades, tiveram mais um revés na semana passada com a revelação de que a Usaid tinha criado após a prisão de Gross um "Twitter cubano" secreto, chamado ZunZuneo. O governo cubano viu isso como uma tentativa dos EUA de subverter o governo comunista da ilha.
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