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Cultivo de coca na Bolívia cai ao menor nível em 11 anos, diz ONU

12.mar.2014 - Bolivianos plantadores de coca da região de Yungas, ao norte de La Paz, realizaram uma manifestação pela legalização das folhas de coca, em frente à embaixada dos EUA - Aizar Raldes/ AFP
12.mar.2014 - Bolivianos plantadores de coca da região de Yungas, ao norte de La Paz, realizaram uma manifestação pela legalização das folhas de coca, em frente à embaixada dos EUA Imagem: Aizar Raldes/ AFP

Em Viena

23/06/2014 13h27Atualizada em 23/06/2014 13h41

O cultivo da planta da coca na Bolívia caiu cerca de 9 por cento no ano passado, chegando a seu nível mais baixo desde 2002, de acordo com pesquisa o terceiro maior produtor mundial de cocaína, depois do Peru e Colômbia.

A pesquisa realizada em conjunto pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a Bolívia citou os esforços de erradicação feitos pelo governo como motivo do declínio no cultivo da folha usada para fabricar cocaína.

A ONU prevê uma nova redução como parte de uma estratégia do governo de reduzir o superávit da produção e combater o tráfico de drogas.

"Esse declínio confirma uma tendência de declínio nos últimos três anos, período em que o cultivo da coca caiu 26 por cento", disse nesta segunda-feira Antonio De Leo, o representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc) na Bolívia.

A ONU disse em um comunicado que a Bolívia estava a caminho de reduzir a área de cultivo da coca para 20.000 hectares até 2015. A área cultivada em 2013 era de cerca de 23.000 hectares, quando no ano anterior havia sido de 25.300.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, ex-produtor da planta da coca, defende seu uso legal como um "ritual ancestral" em chá, doces e remédios.

As pessoas na região andina tradicionalmente também mascam a folha de coca como fonte de energia, como um antídoto para os problemas causados pela altitude.