ANP vê 2,2 bi barris de óleo "in situ" na parte de Carcará que vai a leilão
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A parcela do prospecto de petróleo de Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos, que será licitada no 2º leilão de Partilha em 2017, tem 2,2 bilhões de barris de petróleo "in situ", o que indica uma reserva gigante, na avaliação da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Uma estimativa "in situ" diz respeito a todo o volume de uma determinada área --geralmente apenas uma parcela dos volumes de uma jazida pode de fato ser transformada em produção.
"Para a parte que ainda não está licitada, nós estamos estimando um volume de cerca de 2 bilhões de barris de petróleo", afirmou nesta terça-feira a superintendente de definição de blocos da ANP, Eliane Petersohn, ao apresentar uma palestra durante o congresso de petróleo Rio Oil & Gas.
Eliane explicou que ainda não é possível afirmar qual o volume recuperável da área de Carcará que será leiloada. Mas, caso seja aplicado um fator de recuperação de 30 por cento, algo possível devido às informações que a agência já tem sobre a região, ela poderia produzir cerca de 600 milhões de barris de petróleo, característica de um campo gigante.
A área original de Carcará foi descoberta por um consórcio cuja operadora era a Petrobras, em regime de concessão, e ainda está em fase exploratória.
A licitação da outra parte da reserva, prevista para o segundo semestre de 2017, será necessária porque parte de Carcará ultrapassa os limites do contrato de concessão para uma área da União no pré-sal.
Em entrevista exclusiva recente à Reuters, a diretora-geral da ANP, Magda Chambriad, afirmou que o volume da reserva de Carcará que será licitada é semelhante ao que pertence à área leiloada anteriormente.
A área, segundo Magda, é tida como uma das mais promissoras do leilão, já que testes de produção feitos pelo consórcio indicaram alta produtividade.
A petroleira estatal vendeu recentemente 66 por cento da parcela do bloco em que está a área de Carcará já licitada por 2,5 bilhões de dólares para a norueguesa Statoil.
(Por Marta Nogueira)
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